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Cidade

FMP/Fase discute a saúde da população em situação de rua

Os dados não são precisos, mas de acordo com a última pesquisa nacional, realizada em 2008, e com levantamentos feitos por municípios, estima-se que 49 mil pessoas vivam hoje nas ruas das 71 maiores cidades brasileiras. Atenta a essa realidade, a Faculdade Arthur Sá Earp Neto realizou um bate-papo sobre população em situação de rua. O evento contou com a participação de alunos da faculdade, psicólogos convidados e o apoio do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH).

A temática vem sendo abordada na instituição desde que uma aluna do quinto ano do curso de Medicina demonstrou interesse em realizar um projeto de extensão com foco no perfil e nas necessidades de saúde desse público, em Petrópolis. “Ver isso de perto faz a gente crescer como pessoa e como médica, no sentido de querer fazer realmente algo por alguém, garantir algum benefício para alguém. Mostrar que eles são gente como a gente, que eles podem ter acesso à saúde de qualidade assim como qualquer outra pessoa”, ressalta a estudante, Taís Guimarães Maia.

A população em situação de rua é composta em sua maioria por homens, negros e de idade entre 25 e 44 anos, que por motivos como o alcoolismo e o uso de drogas, desemprego ou desafetos familiares não tiveram alternativa a não ser viver na rua. “A gente aprende muito com a rua, porque ela mostra pra gente como que a nossa sociedade funciona e mostra as nossas dificuldades, o quanto que pra gente é difícil de lidar com o diferente, de viver em comunidade e construir estratégias coletivas de viver junto. No campo da saúde, ela mostra como a gente pensa saúde física separada da saúde mental”, explica o psicólogo, Iacã Macerata.

Há 37 anos atuando no combate às diversas violações dos direitos humanos, principalmente as cometidas contra as pessoas de situação econômica menos favorável, o CDDH de Petrópolis se tornou parceiro da FMP/Fase para a viabilização do projeto de extensão de cuidado em saúde da população em situação de rua. A unidade mantém, desde 2003, o projeto Pão e Beleza, que tem como objetivo proporcionar um resgate social dos moradores de rua e sua ressocialização. A iniciativa combina alimentação e oficinas, além de um banheiro para a higiene pessoal e roupas provenientes de doações.

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