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Saúde

[Nutrição] Introdução alimentar infantil

por Nathalia Pinho

Hoje em dia a sociedade exige muito de todos nós. É trabalho, casa, família. Com isso, muitas mães acabam não dando a atenção necessária para a introdução alimentar de seus filhos, tanto pela correria quanto pelo estresse do dia a dia, e acabam optando por opções mais fáceis e práticas do que pelas mais saudáveis. Muitas vezes também essa introdução alimentar começa de maneira precoce na vida da criança, pois a mãe, na maioria das vezes, necessita voltar à rotina de trabalho, não podendo completar os seis meses de amamentação exclusiva.

Porém, esse momento, é crucial para a vida adulta do seu bebê, é um momento de conhecimento e escolhas, onde tudo que é ofertado em grande quantidade, pode refletir na saúde da criança quando ela for adulta ou adolescente. A introdução alimentar deve ocorrer por volta do sexto mês, pois até esta idade a criança necessita somente do leite materno, nem água deve ser ofertada. Entretanto, a partir do momento que a ingestão de alimentos se faz presente, a água também deve começar a fazer parte do cardápio, porém, esta nunca deve ser substituída por sucos (nem naturais ou artificiais): a água é imprescindível e a oferta de sucos irá aumentar a ingestão de açúcares e acostumar a criança à sempre substituir a água, o que não deve ser feito.

Nesse momento deve ser ofertado papas de frutas e também de legumes. Se as frutas são introduzidas antes dos legumes, as crianças se acostumam com o sabor doce das frutas e tendem a rejeitar os legumes mais tarde, quando introduzidos. Vale ressaltar que no início, mesmo com o bebê sem a dentição completa, deve ofertar as frutas e os legumes amassados no garfo e nunca batidos, sempre buscando cozinhar bem os legumes e oferecer, no início, frutas de consistência mais molinhas e ir evoluindo a consistência aos poucos. Chega a ser recomendado com o tempo, deixar alguns pedacinhos inteiros para que a criança desenvolva melhor a mastigação, pois crianças que recebem papinhas batidas ou muito molinhas durante muito tempo, tendem a desenvolver uma sensibilidade à consistências, engasgando, ou até mesmo regurgitando alimentos com consistências “não agradáveis” à ela, quando forem maiores ou até adultos.

Durante essa fase, procure sempre alimentos naturais, evite o máximo possível alimentos industrializados e com altas quantidades de conservantes ou corantes, sendo estes associados à hiperatividade e déficit de atenção. Evite a introdução de farinhas, suplementos e complementos sem a indicação do médico ou nutricionista.

Evite temperos muito fortes ou muita adição de sal ou açúcar nos alimentos, deixe que a criança entre em contato com o sabor do alimentos e o conheça da maneira menos mascarada possível. Lembre-se que o bebê nunca teve contato com nenhum sabor e é normal rejeitar alguns ou fazer careta, mas tem que ser persistente e insistir até que aceite de maneira natural. Adoçar frutas é um erro crucial para que seu filho as rejeite de maneira natural quando mais velhos. As crianças tem afinidade com o sabor doce, elas buscam esse sabor por instinto de sobrevivência primitivo, pois na natureza, alimentos mais amargos ou de sabor menos adocicados podem ser tóxicos e, instintivamente, as crianças preferem doces.

Apesar da correria do dia a dia e das dificuldades que muitas mães encontram nesse período da vida de seus filhos, vale mais uma vez ressaltar que ele é crucial para a escolha alimentar e até mesmo para a saúde do seu filho quando ele estiver na vida adulta. Ofereça diversos tipos de alimentos para que ele desenvolva um paladar diversificado, tenha paciência de oferecer diversas vezes um alimento quando este for rejeitado, pois isso é comum, e desfrute desse momento com seu filho como um momento de prazer para que ele encare também de maneira prazerosa, e não como uma obrigação diária.

 

Nathalia PinhoNathalia Pinho é nutricionista, atleta de academia, apaixonada por esporte e alimentação. É formada e pós-graduada em Nutrição Desportiva e Estética pela Faculdade Arthur Sá Earp. Trabalha como nutricionista esportiva no CrossFit Serra. Também é adepta da alimentação e estilo de vida saudáveis, exercícios físicos, bons livros e boa música. 

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