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Política

Parceria público-privada pode viabilizar central de monitoramento

A construção de uma parceria público-privada foi um dos caminhos apontados para viabilizar a implementação de uma central de videomonitoramento integrada com as forças policiais em Petrópolis. A sugestão foi apresentada pelo titular da Delegacia de Polícia de Itaipava (106ªDP), delegado Nei  Loureiro, durante reunião entre autoridades na tarde da última sexta-feira (1º), na Câmara de Vereadores, para discutir problemas no funcionamento das câmeras de monitoramento da cidade, que hoje não estão operando.

Segundo informações da prefeitura, o servidor de um dos sistemas de câmeras de monitoramento (que controla 15 câmeras) queimou durante um temporal. O processo de compra do novo servidor está em fase final. O sistema deverá voltar a operar em julho, com a chegada e instalação do novo servidor. “É importante lembrar que a Prefeitura vem se empenhando para manter o sistema, assumindo mais uma responsabilidade que é também do Governo do Estado. Com o novo sistema, será possível a redundância de novas fontes de telemetria, permitindo mais segurança nos links. Novas câmeras serão instaladas, com observação permanente e ainda ampliação do monitoramento para novas áreas”, disse o secretário Rafael Simão.

“É comprovado que o monitoramento por câmeras inibe a criminalidade e auxilia na produção de provas nos casos em que os crimes acontecem. Tenho certeza de que empresas e instituições financeiras, como os bancos, por exemplo, teriam todo interesse em participar de um projeto como este”, aponta o delegado Nei Loureiro. Outro caminho viável para o município é a captação de recursos junto ao Ministério da Justiça, a exemplo do que foi feito no município de Nova Iguaçu, onde o governo federal investiu  R$ 3,6 milhões para a instalação do Centro de Operações Integrado. A central começou a operar em março deste ano.  O modelo implementado naquele município, que conta com 76 câmeras, foi apresentado pelo Secretário de Transporte Trânsito e Mobilidade Urbana do município de Nova Iguaçu, Rubens Borborema. 

“É imprescindível para uma cidade como Petrópolis, que o sistema de monitoramento funcione e de forma integrada com as demais forças de segurança”, avalia o ex-subsecretário de integração operacional da Secretaria de Estado de Segurança, Paulo Souto. Dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública do Estado apontam aumento no número de roubos em Petrópolis. De janeiro a maio deste ano foram registrados 47 roubos – 22 a mais do que no mesmo período do ano passado quando 25 casos foram registrados.

“Hoje, para a polícia, existem dois instrumentos fundamentais no combate a criminalidade: a inteligência e a tecnologia. As câmeras de monitoramento possibilitam uma resposta mais rápida por parte da Polícia Militar no combate aos crimes, inibem a ação dos bandidos e como produção de provas são inquestionáveis”, considera o comandante do 26° BPM, tenente-coronel Eduardo Vaz Castellano, que defende o monitoramento integrado às demais forças de segurança da cidade.

“É preciso que todas as imagens sejam enviadas para uma única central, que o monitoramento seja feito de um único local e que se troque informações com a polícia, com agentes de trânsito e todos os demais órgãos envolvidos”, pontua o Secretário de Transporte Trânsito e Mobilidade Urbana do município de Nova Iguaçu. Naquele  município, o  Centro de Operações trabalha em conjunto com equipes de campo, como Trânsito e Transporte, Defesa Civil e Ordem Pública. “Isso nos permite gerenciar os problemas da cidade, tanto no dia a dia quanto em casos de emergências e segurança”, frisa. Em três meses de funcionamento, o Centro de Operações de Nova Iguaçu detectou 13 ocorrências que resultaram na prisão de cinco pessoas. Quatro suspeitos foram conduzidos à delegacia, quatro carros e seis armas foram recuperados e drogas foram apreendidas.

Quando funcionavam em Petrópolis, as câmeras de monitoramento ajudavam a combater também as ações de vandalismo. “Houve casos em que pichadores foram flagrados e detidos pela Guarda Municipal”, lembrou o representante do Ministério Público Federal, Luiz Gustavo Furtado, que representou o procurador da República Charles Stevan da Mota Pessoa, que cobra ao município a reativação das câmeras.

A reunião, presidida pelo presidente da Comissão de Segurança da Câmara, vereador Reinaldo Meirelles, teve a presença de representantes da Delegacia de Polícia do Retiro (105ªDP), do Corpo de Bombeiros, do 32° Batalhão de Infantaria Motorizada, além dos vereadores Pastor Sebastião, Marcus Montanha e Maurinho Branco. Nenhum representante do governo municipal compareceu à reunião.

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