O 4º Festival de Esquetes de Petrópolis tem início nesta quarta-feira (7) e além apresentações de teatro de rua, debates e poesia, o FEESPE também promoverá oficinas nesta semana com os especialistas Wotzik, Marcos Camelo, Florencia Santágelo, Alexandre Mendes e Rodrigo Portela. As oficinas serão realizadas no Centro de Cultura Raul de Leoni e as inscrições podem ser feitas pelo e-mail [email protected], informando a oficina desejada, número do RG, endereço e telefone para contato.
Na oficina “O ator e o texto”, ministrada pelo diretor Eduardo Wotzik, o público terá contato com seus métodos de abordagens práticas, experienciando os desafios, a necessidade e o prazer que um texto proporciona e o caminho para realizá-lo. Através da técnica da aspiração, sistema usado pelo diretor na preparação técnica e aperfeiçoamento do instrumento de atores, a oficina aprofundará a relação de eterno amor e prazer que se estabelece por milênios entre o ator e o texto cênico. O objetivo é estimular a investigação, o aprimoramento técnico e intelectual do artista, colocando-o em contato com os conceitos e linguagem de Wotzik.
A oficina acontece nos dias 7 (13h às 17h) e 10 de setembro (14h às 17h), para artistas locais e participantes do Festival, respectivamente.
Já não é mais possível associar a dramaturgia exclusivamente ao processo de escritura do texto teatral. Sabemos que todo o sistema de comunicação de uma obra cênica nasce de um processo amplo de criação dramatúrgica, que envolve também o trabalho do ator e sua caracterização, o uso expressivo do espaço (cenografia e luz) e das sonoridades. A pergunta que impulsiona essa proposta é: Os conceitos utilizados na produção do texto (tensão, problema, conflito, desejo, obstáculo) e outros mais técnicos (síntese, suspensão, surpresa, contraste) podem ser aplicados também à uma dramaturgia da encenação que envolve todo processo de comunicação da obra, incluindo o texto dramático? A proposta é desenvolver um estudo prático do trabalho do diretor apoiado em dois pilares: as ferramentas técnicas no processo de condução de cada parte no sentido da comunicação da obra; e o ponto de vista e o interesse do espectador. A oficina será ministrada pelo diretor de teatro, dramaturgo e iluminador Rodrigo Portella, no dia 9 (13h às 17h) e no dia 10 (14h às 17h) para participantes do festival e artistas locais, respectivamente.
Já na oficina ministrada por Marcos Camelo e Florencia Santágelo, pretende-se investigar a relação com a plateia e a condução do olhar da mesma em função da criação de um pacto onde ambos, artista e espectador, participam na construção e manutenção da ficção no acontecimento teatral.
A oficina será realizada no dia 8 (14h às 17h) e no dia 9 (10h às 13h) para participantes do festival e artistas locais, respectivamente.
Na oficina ministrada por Alexandre Mendes, o contato direto entre os corpos e a percepção visual serão explorados no processo de criação e composição como maneiras de se investigar a cena, tendo no improviso uma ferramenta em potencial na dinâmica do movimento. Assim, o objetivo é indicar caminhos para processos dramatúrgicos por viés das matizes dinâmicas do mover/mover-se, valorizando o corpo e o imaginário como matéria-prima da criação.
A oficina será realizada nos dias 7, 9 e 10 (10h às 11h) e no dia 8 (14h às 17h) para participantes do festival e artistas locais, respectivamente.
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