Publicidade Concer: Sustentabilidade e economia
Publicidade Concer: Sustentabilidade e economia
Colunas

[Psicologia ao alcance] Quando a saudade bate forte

por Flavio Melo Ribeiro 

Às vezes a saudade bate forte no coração. Basta ouvir uma estrofe de determinada música, sentir uma fragrância, ver um ambiente ou um objeto, e é como se o tempo não tivesse passado. Imediatamente se revive o que já deveria estar esquecido, mas que teima em surgir e luta para se manter no presente. As imagens se formam, alternam em boas lembranças e situações que nunca existiram, mas que foram desejadas. Porém, em nenhum momento o tempo passa nas lembranças, visto que a saudade impede o envelhecimento nas imagens formadas das pessoas. Todos se mantém com a mesma idade e o corpo da época e então: a saudade.

Mas ela é verdadeira? Não há dúvida que sim, pois é o que sentimos. Mas será que teria o mesmo efeito caso a enxergássemos ao vivo, alterada pelos anos? Com suas histórias e pessoas que hoje fazem parte da sua vida? Será que gostaríamos de novamente viver um relacionamento com essa pessoa hoje em dia? A resposta geralmente é não, quando em consultório é montado o cenário atual. E dessa forma se desliga de um passado que já ficou no passado e não faz mais sentido hoje. E mesmo que o desejo se mantenha, cabe-se na vida do outro? É interessante se questionar: ainda sou querido pelo outro? Nada mais triste que viver meses, às vezes anos, e quando se cria coragem para encontrar quem tanto desejou, descobre-se que nem ao menos faz parte dos seus pensamentos. E então percebe que só perdeu tempo.

Mas existe a saudade dos mortos. Essa não tem jeito, pois nunca será “saciada”. Nesse caso o melhor é lembrar das boas vivências, guardá-las com carinho e saber que pode revivê-las quando quiser. O mais saudável contudo é não cultivar essa saudade, mas deixar o tempo abrandar a dor. Caso essa dor persista, é hora de organizar um ritual de despedida. Tem certas histórias que se não ritualizar o fim, se mantém como saudade vívida e não como saudade de uma história resolvida. Entretanto, é muito dolorido resolver essas situações sozinho, pois são vividas como dramas, então, caso isso esteja ocorrendo com você, procure ajuda de um profissional de psicologia. Ele servirá de facilitador para superar essa saudade.

 

flavio meloFlávio Melo Ribeiro é psicólogo, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina em 1988, especialista na área clínica pelo Conselho Regional de Psicologia e especialista em Gestão de Empresa pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atua como psicólogo clínico em seu consultório situado em Florianópolis – SC e presta consultoria às empresas na área de Gestão de Pessoas.

Facebook: Viver – Atividades em Psicologia

Leia mais colunas do psicólogo Flávio Melo:

[Psicologia ao alcance] Início de namoro

[Psicologia ao alcance] Mudar para ser feliz

[Psicologia ao seu alcance] Traição Online

Botão Voltar ao topo
error: Favor não reproduzir o conteúdo do AeP sem autorização ([email protected]).