Na última semana, os bancários recusaram mais uma proposta da Federação Nacional de Bancos (Fenaban) e decidiram continuar a greve nacional, iniciada no último dia 6 e que completa hoje (21) 16 dias, com mais de 12 mil agências e 52 centros administrativos fechados, já na terceira semana de paralisação.
Na reunião, a Fenaban havia oferecido aos bancários reajuste salarial de 7% e abono de R$ 3,3 mil. Os bancários não ficaram satisfeitos e decidiram manter a paralisação. Segundo a Fenaban, ainda não há data para novas negociações.
“Os bancos insistem em propor um reajuste de 7% – índice abaixo da inflação, que já chegou a 9,62% e continuam ignorando outras reivindicações como fim das demissões, mais contratações, melhores condições de trabalho e de atendimento à população. A alta lucratividade do setor bancário demonstra que os bancos possuem condições de atender às reivindicações da categoria. Só em 2015 o Itaú Unibanco lucrou R$ 23,35 bilhões. Já o Bradesco chegou aos R$ 17,19 bilhões, o Banco do Brasil atingiu R$ 14,4 bilhões, a Caixa R$ 7,2 bilhões e o Santander chegou a lucrar R$ 6,624 bilhões”, informou o SindBancários Petrópolis em seu site.
Os bancários reivindicam reposição da inflação de 9,57% e mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24), participação nos lucros, combate à meta abusiva, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, segurança e melhores condições de trabalho.
*Com informações da Agência Brasil e SindBancários Petrópolis