Nesta semana, uma moradora do bairro Vila Felipe informou que a Rua Jacinto Rabello está sem água. “Estou aqui pedindo ajuda para a Águas do Imperador mandar um caminhão pipa para o bairro Vila Felipe para abastecer quem mora no morro. Isso já está uma vergonha! Que estamos com falta de água, isso é notório, mas somos contribuintes. Precisamos da água! Já pensou se os comerciantes fechassem as portas pela falta de água? Estou indignada”, disse.
Em nota, a Águas do Imperador informou que a região está sujeita à manobra e, possivelmente será abastecida a partir do final da tarde e durante a noite, horário em que se prevê pressão suficiente para o abastecimento. Na referida rua não há acesso para o caminhão pipa.
Vale a pena esclarecer que em épocas de estiagem, os primeiros locais atingidos pelo desabastecimento são as partes mais altas da cidade. Isso ocorre porque essas regiões são, obrigatoriamente, abastecidas por bombas.
Essas bombas, por sua vez, são automaticamente acionadas pela pressão da água nas redes. Com a diminuição do volume de água e, consequentemente de pressão nas redes, as bombas não são acionadas automaticamente. Para que a água chegue a essas regiões, são realizadas manobras técnicas que consistem em fechar o abastecimento para as partes baixas, forçando o aumento de pressão nas redes na tentativa de acionar as bombas e abastecer as partes mais elevadas. Existem em Petrópolis 180 unidades de bombeamento. Algumas delas têm mais de três bombas.
“Também disponibilizamos caminhões pipa para abastecer os clientes ou reforçar o abastecimento nos ‘engates’, o que significa colocar a água na rede daquela região. Entretanto, justo nesses locais (os mais elevados), nem sempre é possível o acesso dos caminhões: tanto às casas, como aos engates”, esclareceram.
Consumidores reclamam de valores cobrados pela Águas do Imperador
Recentemente, o vereador Silmar Fortes informou que tem recebido em seu gabinete constantes reclamações de clientes da Águas do Imperador, que alegam ter sido vítimas de cobranças indevidas, com valores acima do contrato. Segundo informado pelos consumidores, eles comparecem à sede da Companhia para contestar as contas, e após a visita dos técnicos às suas residências, sendo verificado, ou não, o vazamento na instalação, a cobrança é mantida.
Silmar relatou que tem encaminhado à prefeitura vários requerimentos de informações, indagando sobre a atuação da Companhia no município. “Existe pouca transparência na relação desta empresa com os petropolitanos. Os consumidores reclamam que eles cobram o que querem, pois recebem cobrança indevida e a própria companhia avalia a reclamação, não há um órgão regulador entre a população e a Águas do Imperador, um absurdo”.
Em nota, a concessionária esclareceu que sempre que a cobrança é indevida, é revista e refeita. De fato, o que não é possível ocorrer é “eles cobram o que querem”, considerando que todas as ligações feitas são hidrometradas, justo para medição do consumo.
Os clientes podem entrar em contato com a Águas por telefone, ligando para: 115 | 3064-0000 | 2103-5686 | 08000 241644. Se a pessoa ligar para o telefone geral da empresa, o 2103-5656 ouvirá todas essas informações e também poderá solicitar transferência da ligação para onde desejar. Pessoalmente, indo às agências de atendimento do Centro, na Rua Irmãos D’ Angelo – 52, ou em Itaipava, no Shopping Arcádia Mall, loja 16. Virtualmente pode contatar nossa ouvidoria [email protected], ou através do nosso site www.aguasdoimperador.com.br.
O contrato entre a Companhia Águas do Imperador e o município, foi realizado em 1997, quando se deu a abertura da licitação por meio da CAEMPE, Companhia Municipal de Água e Esgoto do Município de Petrópolis, para a subconcessão dos serviços de saneamento básico de água e de esgotos sanitários. Anos depois, em 2001, a Comdep, sucessora da CAEMPE, incorporou o contrato de subconcessão com a Águas do Imperador.
“Há uma comissão de fiscalização nomeada pela Comdep, para avaliar questões financeiras, comerciais e técnicas, esta última deve avaliar a qualidade da água que o povo está consumindo, enfim, a Comdep é a responsável por zelar pelas obrigações contratuais da Companhia Águas do imperador”, ressaltou Silmar.
O parlamentar informou que seguirá fiscalizando a relação entre a Comdep, a Águas do Imperador e a qualidade do serviço prestado à população. “Seguirei discutindo e pedindo providências para que as pessoas tenham um fornecimento de água de boa qualidade, com cobrança justa de acordo com o contrato. Voltarei a realizar audiências para dar prosseguimento ao debate para que possamos discutir também outras questões como a preservação dos mananciais, racionamento e reuso da água”, finalizou.
