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Cultura & Lazer

Prêmio Alceu Amoroso Lima homenageia o poeta Leonardo Fróes

O poeta, tradutor e naturalista Leonardo Fróes é o homenageado do Prêmio Alceu Amoroso Lima, Poesia e Liberdade de 2016. Nascido em Itaperuna, o escritor mora em Petrópolis há 45 anos e também coleciona os títulos de jornalista e crítico literário brasileiro. Ele receberá a homenagem, nesta sexta-feira (16), às 18h30, na Universidade Cândido Mendes, no Centro do Rio de Janeiro. Na ocasião, também será homenageada a poetisa mineira Yeda Prates Bernis, que tem poemas traduzidos para diversas línguas, entre elas italiano, inglês, espanhol e francês.

Fróes vive em Petrópolis desde 1971. Ao longo de sua trajetória, o escritor foi responsável por traduzir para o português obras importantes, como os livros de William Faulkner, Malcom Lowrry, D.H. Lawrence e George Eliot. Também traduziu livros de especialistas em ciências da natureza. No Brasil, foi um dos primeiros a difundir a consciência ecológica. Em 1996, conquistou o Prêmio Jabuti de Poesia, que se destaca como um dos mais importantes do ponto de vista literário do Brasil.

O poeta contou que recebeu a notícia da homenagem como uma grande e grata surpresa. “Primeiro, porque o prêmio leva o nome de Alceu Amoroso Lima, que todos nós respeitamos por sua resistência contra a ditadura, uma das manchas mais vergonhosas e dolorosas da história do Brasil. Depois, pela alusão a poesia e liberdade, duas palavras que por certo, se eu usasse divisas, figurariam na definição de minha própria existência como escritor”, disse.

Sobre a sua relação com a cidade contou que foi fortalecida após o casamento com uma petropolitana. “Petrópolis tem a grande vantagem de estar bem perto do Rio, onde minha vida profissional sempre esteve centrada. Por morar aqui, já chamaram minha poesia de ‘poesia verde’. De fato, toda ela, a partir dos meus 30 anos, está ligada à natureza, que é para mim o que há de mais importante na cidade e seu entorno. Rios, montanhas, plantas, bichos, a chuva e o sol e as ventanias são amigos que conheci por aqui e me tornam a vida tão cheia de contentamento e alegria”, revelou o poeta.

Para Fróes, os grandes desafios da poesia são: saber resistir, inventar um caminho e não ceder às facilidades, nem compactuar com as vulgaridades. “Os séculos mudam, mas os desafios dos poetas, desde as épocas mais antigas, são sempre os mesmos”, comentou, acrescentando que é imprescindível “dizer sim, sempre que possível, às maravilhas da vida vivida com intensidade, solidariedade, compaixão e prazer”.

Instituído em 1983, ano do falecimento do escritor Alceu Amoroso Lima, o prêmio já homenageou mais de uma dezena de escritores, como Ferreira Gullar, em 2000; Paulo Henriques Britto, em 2004; Marco Lucchesi, em 2008 e Antonio Cicero, em 2012. De acordo com Maria Helena Arrochellas, diretora do Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade (CAALL), os homenageados de 2016 foram escolhidos em setembro deste ano a partir de uma análise realizada por um GT, com a presença do Reitor Cândido Mendes, de Alceu Amoroso Lima Filho e Paulo Alceu Amoroso Lima, além de membros como Zuenir Ventura e Xico Menezes.

Durante as homenagens, haverá ainda o lançamento do terceiro volume da Coleção Correspondência Alceu Amoroso Lima. Desta vez, destacam-se as correspondências entre o escritor e Dom Helder Câmara. O evento conta com o apoio da Associação dos Amigos do Doutor Alceu (AADA), do CAALL e da Universidade Cândido Mendes.

 

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