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Boca no Trombone!

Prédio do Inpas na Rua Teresa nunca foi utilizado e apresenta condições precárias

Avaliado em mais de R$ 5 milhões, o interior do prédio do Instituto de Previdência e Assistência Social do Servidor Público do Município de Petrópolis (Inpas) na Rua Teresa está destruído por infiltrações. Tetos e paredes que não chegaram a receber acabamento estão prestes a desabar.

Desde que foi construído, em 2005, o prédio, de cinco andares, nunca foi utilizado. Agora, o espaço, que poderia servir como fonte de renda do instituto, seja alugado ou vendido, sequer tem a documentação que comprove que a obra foi entregue.

“Hoje, o descaso com o patrimônio público e a falta de investimentos fez com que herdássemos uma administração que alugou 82 imóveis e gastava R$ 6,4 milhões por ano. Enquanto isso, imóveis preciosos como este do Inpas e o próprio Palácio Sérgio Fadel, sede da prefeitura, estão em petição de miséria. Uma situação que vamos resolver, reduzindo aluguéis e conservando os imóveis”, afirma o prefeito Bernardo Rossi.

Os poucos documentos a que a atual administração teve acesso dão conta de que o Inpas abriu licitação há 12 anos para a construção de uma nova sede para o instituto. Em um acordo de permuta, a empresa que venceu o trâmite foi autorizada a explorar as sete lojas que ficam no nível da Rua Teresa. Em troca, deveria entregar um prédio de cinco pavimentos, com 1.846m² de área construída.  Parte da obra foi realizada e o espaço conta com dois salões com cerca de 320m² cada, cozinha, estacionamento, além de banheiros masculinos e femininos, e fraldário.

“Esse espaço poderia ser explorado de diversas formas, seja pelo próprio Inpas, pela Prefeitura ou pela Rua Teresa, como local de apoio. Mas o abandono foi tanto que, na atual circunstância, é impossível que alguém consiga fazer uso do prédio como está. Uma grande reforma precisará ser feita. Enxergo isso como um descaso com o patrimônio do instituto, com o patrimônio do servidor. Não é possível que tantas gestões tenham passado e ninguém tenha feito nada para resolver essa questão. Uma completa falta de respeito com os aposentados e pensionistas”, lamentou o diretor-presidente do Inpas, Fernando Fortes.

Fernando esteve esta semana realizando uma vistoria no prédio ao lado de técnicos do Inpas. Lá, constatou que além do problema da deterioração provocada pelo tempo e pela falta de manutenção, o responsável pela obra, sequer, realizou a instalação do elevador. Também fugiu do memorial descritivo do certame licitatório o número de vagas de estacionamento – 11, ao invés de 23; as paredes que deveriam ser embolsadas não receberam acabamento; as torneiras das pias dos banheiros e da cozinha não foram instaladas; o sistema hidráulico não está funcionando e a rede elétrica não foi finalizada. Há dúvidas, ainda, se o prédio poderá aguentar a sobrecarga da utilização.

“Agora estamos criando uma comissão que vai providenciar a avaliação do imóvel e a condição estrutural do prédio. Feito isto, nossa intenção é abrir uma licitação para que uma empresa realize as reformas do espaço e que ele passe a realmente ser útil não só para o Inpas, mas para o município. Também estamos buscando outros documentos e, caso seja constatado que a empresa que fez a obra não realizou os procedimentos de forma correta, vamos acioná-la na Justiça. Aquele espaço, sendo aproveitado, pode trazer benefícios não só para o Inpas, mas para todo o município. Estava faltando alguém pegar e resolver e é isso que estamos dispostos”, concluiu o diretor-presidente do Instituto.

 

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