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Saúde

Surto de cinomose em Petrópolis

Neste verão, está havendo um surto de cinomose em Petrópolis. É uma doença viral altamente contagiosa causada pelo vírus da cinomose canina (VCC), um Morbillivirus da família Paramyxoviridae. Além de cães, a cinomose afeta várias outras espécies de carnívoros, entretanto, o cão representa o principal reservatório para o vírus e serve como fonte de infecção para carnívoros selvagens.

O vírus é sistêmico, podendo atingir vários órgãos e atuar em todo o organismo, além de ser altamente contagioso. A cinomose se dá através de animais que se contaminam por contato direto com outros animais já infectados, ou pelas vias respiratórias e também pelo ar contaminado. A transmissão direta é por secreção do nariz e boca de animais infectados que é a principal fonte de infecção.

“A cinomose acomete cães de qualquer idade, raça e sexo mas tem maior predileção por filhotes e indivíduos não vacinados  Os cães infectados pelo VCC desenvolvem sinais clínicos e lesões respiratórias, gastrintestinais, dermatológicas, oftalmológicas e neurológicas, que podem ocorrer sequencialmente, simultaneamente ou isoladamente. Apesar de uma doença extremamente grave, pode haver cura em alguns casos. Entretanto é muito importante identificar a doença o mais breve possível. A maior forma de prevenção é a vacinação com as vacinas octupla ou dectupla, aplicadas pelo Médico Veterinário”, explica Priscila Mesiano, médica veterinária que atua na Clínica Amigo Bicho.

Dentre os sintomas, pode haver perda de apetite, corrimento ocular e nasal, diarreia, vômito e sintomas nervosos (tiques nervosos, convulsões e paralisias), dificuldade de respirar e febre. E de acordo com o estado imunológico do animal como um todo, ele pode vir a óbito. “A cinomose pode deixar sequelas, pois o vírus quando chega ao sistema nervoso central pode levar a encefalites e desmienizacão que causam convulsão, mioclonias (tiques), ataxia… dentre outros sintomas que muitas vezes podem levar o animal a óbito”, completa Priscila.

A prevenção é feita com a vacina múltipla (óctupla ou déctupla) uma vez por ano. Nos filhotes, a primeira dose é aplicada aos 45 dias de vida, seguida de mais três doses com intervalo de 21 a 30 dias entre elas (totalizando quatro doses, daí por diante só é necessário atualizar anualmente). Lembrando que esta vacina não está incluída em campanhas governamentais (as campanhas de vacinação gratuita só incluem antirrábica) e só é vendida em Clínicas Veterinárias.

Foto: imagem ilustrativa

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