“Estávamos em uma enorme piscina que há muito não era usada, abandonada, renegada. Já não tinha mais os trampolins, a sinalização nem mesmo as escadas. Tinham pilhado tudo que podia ser carregado; restava apenas um tanque fundo e liso, do qual era impossível sair.”
Duas pessoas presas em um local isolado e sem escapatória. Só um pode sobreviver. Uma arma com uma única bala e uma mensagem no celular. É matar ou morrer. Ou ambos morrem de inanição. O que parecia ser um caso isolado de um jovem casal sequestrado com um final trágico logo vai formando um padrão conforme novos casos vão surgindo. Cabe à detetive Helen Grace descobrir quem está por trás dessas mortes, que aparentemente não tem nenhuma relação entre si, antes que mais inocentes morram.
Em seu thriller de estreia, Arlidge nos apresenta a Helen Grace, uma detetive masoquista e durona, que está atrás de um serial killer sanguinário, e ao mesmo tempo tem que lidar com uma jornalista implacável que vai fazer de tudo para descobrir a real razão por trás das mortes que a polícia não está divulgando, e que conta com um informante na sua equipe.
Como um bom thriller, a leitura é bastante dinâmica, com capítulos curtinhos, todos com um bom gancho para o próximo, fazendo com que se torne quase impossível largar o livro enquanto não descobrirmos quem é o serial killer e sua motivação.
Um outro ponto positivo é o protagonismo de figuras femininas fortes e corajosas, que unidas são imbatíveis. Helen e Charlie tem potencial para se tornar uma dupla no calibre de Rizzoli & Isles, ambas personagens da incrível Tess Gerritsen.
Diferente de muitos livros do gênero, Uni-Duni-Tê é de fato surpreendente, não só pela revelação, como também pela decisão corajosa de matar um personagem que até então imaginávamos que teria um papel maior, digamos.
Forte, impactante, é preciso ter estômago para essa história. Mas se você é fã de suspense, certamente irá gostar!
