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História

Restauração da planta de Petrópolis é tema de exposição na Casa de Cláudio de Souza

Até o dia 28 de fevereiro, quem passar pela Casa de Cláudio de Souza poderá conferir a exposição Traços de Koeler, que marca o encerramento de um projeto cultural que restaurou a primeira Planta de Petrópolis, elaborada há 170 anos pelo engenheiro Julio Frederico Koeler, sob encomenda do imperador d. Pedro II. O documento, que norteou a ocupação do Centro Histórico e de parte do 1º distrito, estava em avançado estado de degradação e foi restaurado ao longo de 2016 sob o patrocínio da GE Celma e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

A primeira Planta de Petrópolis foi apresentada por Koeler em 1846, três anos após o decreto de fundação da cidade baixado pelo imperador. Com ela, o engenheiro alemão naturalizado brasileiro dividiu a antiga Fazenda do Córrego Seco em duas vilas e 11 quarteirões, estabelecendo conceitos inovadores de ocupação territorial para a época. Desenhada com bico de pena, nanquim e aquarela, a planta exibe as demarcações do palácio imperial, da Catedral São Pedro de Alcântara e do antigo cemitério da cidade. Detalha o traçado de rios e propõe a criação de várias praças – muitas delas nunca executadas. A planta pertence à Companhia Imobiliária de Petrópolis, administrada pelos descendentes de Pedro II.

A restauração do documento histórico foi realizada por uma equipe de quatro profissionais, coordenada pela conservadora-restauradora Eliane Zanatta. Por razões de segurança e integridade da planta, um laboratório foi instalado no próprio Palácio da Princesa Isabel, sede da Companhia Imobiliária. A ciência foi uma aliada importante da restauração: pela primeira vez, o documento foi submetido a análises físicas e químicas, que incluíram o uso de um aparelho portátil de raio-X, providência que ajudou a identificar elementos existentes no mapa. Ao todo, a restauração durou quatro meses. Além da Planta de Petrópolis, o projeto cultural também assegurou a restauração do chamado Croqui Topográfico da Grande Medição Judicial de 1762, que reúne antigas sesmarias onde Petrópolis está hoje inserida.

A Exposição Traços de Koeler apresenta uma réplica em tamanho original da Planta de Petrópolis, feita após o restauro, e levantamentos cartográficos ainda mais antigos do engenheiro. Outras plantas da cidade, derivadas diretamente do levantamento de 1846, também serão mostradas no evento. “É uma oportunidade de conhecer em detalhes o mais importante documento produzido por Koeler em sua curta carreira como engenheiro no Brasil”, afirma a jornalista Fátima Medeiros, coordenadora geral do projeto Traços de Koeler. Além do restauro e da exposição, o projeto cultural inclui a publicação de um livro sobre a origem de Petrópolis e o processo de recuperação da planta urbana, com lançamento previsto ainda este mês. Nos últimos 15 anos, a GE Celma patrocinou 90 projetos culturais e esportivos pelas leis de incentivo, totalizando um aporte de R$ 11,8 milhões.

A Casa de Cláudio de Souza fica na Praça da Liberdade, 247, Centro, Petrópolis. Além dos eventos que recebe e organiza o espaço, que é unidade do Museu Imperial, está aberto para visitação gratuita de terça a sexta-feira, das 11h às 18h. Para mais informações, entre em contato pelos telefones (24) 2231-5156 e (24) 2231-4722 ou pelo e-mail [email protected].

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