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Ambiente

Secretaria de Desenvolvimento Econômico estuda implantação de geração de energia limpa

Para reduzir os gastos dos órgãos públicos, empresas e também da população, Petrópolis está buscando projetos de desenvolvimento de “energia limpa” – como solar e eólica. A economia, de acordo com as alternativas já estudadas pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, pode chegar a 30% se somados a um trabalho de eficiência energética, como a troca de lâmpadas. Escolas, hospitais, hotéis e o comércio poderão ser contemplados com o resultado dos estudos. A secretaria já recebeu quatro empresas, incluindo multinacionais, para ouvir as opções disponíveis, levando em conta, também, as vocações que o município tem para a geração da própria energia.  A intenção é de que em três meses um levantamento completo esteja pronto para ser apresentado aos empresários.

Segundo informações do Departamento de Iluminação Pública, a prefeitura paga, por estimativa, R$ 1,00 (um real) por Kwh, totalizando cerca de R$ 1,3 milhão por mês no custeio da energia consumida tanto pelos prédios públicos como pela iluminação pública. “Isso representa um desembolso financeiro de R$ 15,6 milhões e R$ 62,4 milhões em quatro anos. Contudo, se fosse usado energia solar e se a prefeitura disponibilizasse o espaço para colocar os painéis solares, o custo estimado poderia cair para R$ 0,40 por kwh, ou até menos”, apontou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Marcelo Fiorini.

A área estimada para construir um parque solar para atender a demanda da prefeitura, em torno de 1,5 kwh, é de 20 mil m², nesse caso, sem investimento do governo municipal. “Ainda assim, se a prefeitura resolvesse instalar os painéis solares numa área de 20 mil metros quadrados sendo a geradora de sua própria energia e vendendo o excedente, isso custaria R$ 8 milhões e, com isso, não pagaria por mais energia alguma enquanto os equipamentos estivessem funcionando”, explicou Fiorini.

O secretário destaca que algumas empresas já mostraram interesse em disponibilizar o espaço para a implantação do parque. “Estamos evoluindo no assunto. Acredito que a economia com as despesas em energia pode ser gigantesca, além de deixar um legado impressionante para o município”, afirmou.

“Se a prefeitura puder pagar R$ 8 milhões para produzir toda a energia de que necessita, isso representaria apenas seis meses do que pagamos na conta de luz. A economia gerada aos cofres públicos chegaria a R$ 54,4  milhões em quatro anos ou mais de R$ 116,8 milhões em oito anos. Um equipamento desses tem vida útil de 20 anos, ou seja, R$ 308 milhões de economia durante todo esse período diante da demanda atual”, acrescentou.

Quatro empresas do setor já foram ouvidas pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e já empresários com áreas disponíveis para instalar o parque e fazer parceria com o município. “Seriamos a primeira cidade no Brasil a tomar essa iniciativa gerando energia limpa e com grande economia para os cofres públicos a médio e a longo prazo, sem contar na melhoria da qualidade dos pontos de iluminação”, disse Fiorini acrescentando que o estudo também está levando em consideração as medidas mais simples como a substituição das lâmpadas da iluminação pública. “Outro ponto que vamos propor é a troca gradual de todas as lâmpadas da iluminação pública da cidade por leds. Assim como a economia, podemos iluminar locais aonde temos deficiência”.

Empresariado aponta alto custo da energia elétrica como entraves

As principais reclamações do empresariado com relação à energia já foram apresentadas para as grandes empresas fornecedoras. Segundo Luis Fernando Pessoa, diretor de Desenvolvimento Econômico, as alternativas estão sendo pontuadas de acordo com a Resolução nº 482 da Aneel, que estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuídas aos sistemas de energia elétrica, além do sistema de compensação de energia.

“O objetivo é o de possibilitar não só o uso de energia elétrica mais barata, mas, também a energia limpa. Temos a preocupação com o custo da energia para o empresário. Hoje, esse é um item na sua planilha de custo bem considerável e que impossibilita uma margem maior no seu resultado. Os consumidores que estão no cativo eram obrigados a comprar somente da distribuidora local. Com a geração distribuída, foi aberta alternativa. Outro benefício que o município vai ter, com essa ação, será que uma parte da sua energia consumida na região poderá ser produzida no próprio município”, disse Luiz Fernando Pessoa.

Ainda de acordo com Luis Fernando, algumas alternativas oferecem uma economia de até 30% no valor do consumo. “Estamos abertos para receber outras empresas e ouvir as suas propostas. Pretendemos mostrar as alternativas para que os empresários possam melhorar as margens de lucro. São medidas que poderão fortalecer a geração de economia não só nas repartições públicas, mas até no comércio em geral”, explicou.

Um Comentário

  1. O consumidor paga taxa de iluminação.Esta baixaria ?Acabaria?

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