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Cidade

Projeto Conviver oferece diferentes atividades a preços populares para aposentados e pensionistas do INPAS

As mãos enrugadas que seguram o pincel sobre a tela sugerem a experiência de vida de quem ainda tem muito o que mostrar. Aos 77 anos, a pensionista Cionéa Afonso Guimarães teve que reencontrar forças para superar a tristeza profunda após o falecimento do marido, dois anos atrás. Do quadro de depressão, Cionéa hoje ri com a alegria de quem encontrou uma nova paixão: a pintura. As aulas que ela participa faz parte de um conjunto de ações do Projeto Conviver, do Instituto de Previdência e Assistência Social do Servidor Público de Petrópolis (INPAS), que hoje atende cerca de 60, das 2.810 pessoas que direta ou indiretamente ajudaram a construir a história da cidade.

A pintura é só uma das atividades oferecidas pelo projeto, que conta com dança de salão, oficina da memória, terapia floral, aula de biscuit, de tricô, massoterapia, drenagem linfática, alongamento, massagem e hidroginástica. Tudo isso a preços populares: as aulas de pintura, por exemplo, saem a R$ 30 quatro vezes ao mês; a massoterapia custa R$ 20 a sessão, as de dança de salão também custam R$ 30 mensais. Os valores, muito abaixo da tabela de mercado, são destinados, apenas, para arcar com os custos dos professores e são pagos diretamente a cada um deles. Ao INPAS cabe, apenas, firmar as parcerias.

“A intenção desse trabalho é dar assistência aos nossos aposentados e pensionistas, no sentido de acolhimento e convivência após anos dedicados à vida pública. Com o passar dos anos, vimos uma melhoria relevante nas relações interpessoais. Acontece que, com a falta de atividades após a aposentadoria ou rupturas familiares decorrente de falecimentos e abandonos, os associados se deparam com a solidão, que, em muitos casos, gera depressão, doenças cardíacas e descontrole de taxas vitais, como a glicose”, explicou a chefe da Divisão de Educação Previdenciária e também psicóloga, Bernardete Bastos.

O caso de Cionéa é só um exemplo disso. “Logo após a morte do meu marido, meus filhos incentivaram que eu buscasse alguma atividade para que não ficasse ociosa. É um incentivo à vida. Aqui a gente faz amigos, conversa e recebe apoio”, declarou. Como ela, a professora aposentada Regina Corrêa, de 68 anos, também descobriu no projeto uma forma de criar laços e hoje participa de diversas atividades. “Eu adoro. Antes de participar dos projetos eu andava desanimada, triste mesmo. Me aposentei em 1995 e ficava muito ociosa. Agora tenho uma vida ativa, sou muito mais feliz assim”, completou Regina.

“E o projeto vai crescer”, garante o diretor previdenciário do INPAS, Antônio Neves. “Novas parcerias estão sendo fechadas para que consigamos trazer ainda mais atividades aos nossos servidores. Estamos renovando a parceria com os cursos de informática, vamos iniciar o projeto Flor Feliz e voltar com os passeios, que faz a alegria dos idosos e pensionista. Mas, mais que isso, queremos trazer mais pessoas para cá. Fazer com que eles ocupem o espaço destinado ao projeto. Nossa intenção é tirar os idosos e pensionistas de casa para que participem das atividades e tenham uma qualidade de vida ainda melhor”, destacou.

Para que mais idosos passem a fazer parte desse projeto, a lista de atividades disponibilizada aos aposentados e pensionistas passará a integrar os contracheques. Essas atividades acontecem há cerca de oito anos e começou com um curso de informático, que, à época, foi extinto para dar lugar ao projeto, remodelado com mais opções de atividades. Apesar de não incentivado ao longo dos últimos anos, o projeto vem, a duras penas, sobrevivendo. “Vamos dar o apoio que ele merece. Queremos ele maior, melhor, porque isso só vai fortalecer a nossa relação com nossos servidores. Isso é o mínimo de cuidado com quem, durante muitos anos, dedicou sua vida ao funcionalismo público”, finalizou o diretor-presidente do INPAS, Fernando Fortes.

Foto: reprodução

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