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Cidade

Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí projeta jovem violinista em seus primeiros passos na vida profissional

A jovem petropolitana Sarah Xabudé Moreira Francisco, de 17 anos, é uma das alunas recém ingressadas na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e mais uma promessa para compor a generosa porção de artistas filhos de Petrópolis.

Sarah integrou, por quatro anos, a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí – OCPIT, um projeto sociocultural idealizado há quatro anos pelo Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, um programa para Petrópolis da presidência da Fiocruz, órgão público ligado ao Ministério da Saúde. Em maio de 2015, a Orquestra recebeu o patrocínio da GE Celma, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, fortalecendo a proposta do projeto, que é desenvolver o aprendizado com perspectiva profissionalizante e humanista. “Somos uma instituição pública que atua na promoção da saúde e, assim, nosso papel, nossa missão é proporcionar caminhos e perspectivas mais saudáveis para os nossos jovens, reduzindo as desigualdades e ampliando o acesso aos direitos. Por isso, através da Orquestra, trabalhamos para apoiar o desenvolvimento desses jovens como profissionais da área, para que possam não só se envolver com a música, mas terem-na também como profissão. A Sarah é um exemplo claro de que isso é possível. Temos muito orgulho dela e dos outros que já estão no mesmo caminho!”, explica Felix Rosenberg, diretor do Fórum Itaboraí.

A Orquestra oferece um curso intensivo e gratuito, com aulas teóricas e práticas de música, além de apresentações regulares de concertos para diversos públicos, principalmente para escolas da rede pública de Petrópolis. Como parte da proposta pedagógica, há também uma parceria firmada com a Escola de Música da UFRJ, que contempla visitas regulares dos alunos à instituição, assistindo a ensaios da Orquestra Sinfônica da UFRJ, recitais palestras e master classes com professores. “Estas ações são determinantes para a sólida formação musical dos integrantes da Orquestra, que será fundamental para os desafios que vão encontrar adiante”, explica Paulo Sá, coordenador da OCPIT.

De fato, nas faculdades de música, a maioria das escolas exige dos candidatos vivência no campo musical para ingressar nos cursos. Os processos de seleção incluem testes de conhecimentos gerais sobre a área e, ainda, uma prova de aptidão onde são avaliadas técnicas e habilidades da música. E Sarah estava preparada. Por quatro anos, ela frequentou aulas duas vezes na semana, além de estudar em casa e participar das outras atividades regulares. “O projeto é uma excelente oportunidade e precisa de dedicação, tanto do jovem quanto da família. Eu sempre acreditei e nunca desisti da Sarah. Sabia que ela seria música. E esta oportunidade foi fundamental pra vida e pra profissão que ela escolheu. Ela ainda tem um caminho a percorrer, e ela ama isso”, conta a mãe Daniele Xabudé, cabeleireira e grande incentivadora da filha.

Já às vésperas de completar 18 anos, Sarah Xabudé se mostra tímida, mas decidida no que quer. “Eu quero ser música e ensinar música. Eu sempre quis, desde criança. A Escola de Música da UFRJ era uma coisa que eu queria muito e consegui, graças ao que aprendi na Orquestra, com os excelentes professores. E, apesar do violino ser meu primeiro amor, quero diversificar e aprender outros instrumentos, como o piano e instrumentos de sopro”, planeja. Quando perguntada sobre o que mais a toca no coração da experiência com a Orquestra, ela responde: “Aprender em conjunto, fazer parte de um todo, olhar para os outros e ver que os outros também te olham, é uma referência, uma troca”. E, em seguida, acrescenta: “Conhecer Arte, sem dúvidas, me permitiu avaliar as coisas da vida de uma outra maneira”.

Atualmente, a Orquestra é formada por 35 jovens músicos instrumentistas. Os processos seletivos acontecem anualmente e os candidatos devem, obrigatoriamente, estarem matriculados na rede pública de ensino. Os critérios levam em consideração a vocação e aptidão musical e a condição socioeconômica familiar.

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