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Cinema

[Crítica] Manchester à beira mar (2017)

Vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original e de Melhor Ator, para Casey Affleck, “Manchester à beira mar” conta a história de Lee Chandler, que se vê obrigado a voltar à sua cidade natal para cuidar de seu sobrinho adolescente, após a morte do irmão.

Lee tem que enfrentar as razões pelas quais ele deixou Manchester quando se vê forçadamente responsável por seu sobrinho. A convivência entre os dois é difícil, pois ambos tem que lidar com seus próprios problemas. Lee, solitário e ranzinza, procura outras pessoas que possam ser responsáveis por seu sobrinho, para que ele possa sair o mais rápido daquela cidade. Já Lucas, além de ter que lidar com a perda de seu carinhoso pai, também precisa aprender a como voltar a se relacionar com a sua problemática mãe.

Repleto de flashbacks, aos poucos acompanhamos a relação de Lee com seu irmão Kyle, e de sua vida com sua ex-mulher, Randi (Michelle Williams). A história prende a atenção e angustia o telespectador ao revelar muito lentamente o que aconteceu com Lee, ficando ainda mais comovente nas cenas subsequentes.

Com uma história triste, “Manchester à beira mar” não tenta embelezar a melancolia e nem trazer uma mensagem positiva de superação. Pelo contrário, o realismo de que “há acontecimentos que não conseguimos deixar p/trás” retrata a crueza da vida.  E esse é o maior triunfo da história de Kenneth Lonergan, afinal, a dor e a tristeza também fazem parte de nós.

O filme está em cartaz no Cinemaxx Mercado Estação, com sessão legendada às 20h50. A classificação é 14 anos.

Marianne Wilbert

Jornalista, pós-graduada em mídias digitais.
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