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Cinema

[Crítica] Logan (2017)

Tendo levado mais de 1,6 milhão de espectadores aos cinemas em seu primeiro fim de semana de exibição no Brasil, “Logan” teve a estreia mais bem-sucedida de 2017 até agora, segundo dados da empresa de monitoramento ComScore.

Passado em 2029, Logan (Hugh Jackman) trabalha como motorista e cuida do nonagenário Charles Xavier (Patrick Stewart), que sofre de demência. Debilitado fisicamente e esgotado emocionalmente, ele é procurado por Gabriela (Elizabeth Rodriguez), uma mexicana que precisa da ajuda do ex-X-Men para defender a pequena Laura Kinney / X-23 (Dafne Keen). Ao mesmo tempo em que se recusa a voltar à ativa, Logan é perseguido pelo mercenário Donald Pierce (Boyd Holbrook), interessado na menina.

Elizabeth Rodriguez rouba a cena mesmo sem abrir a boca durante grande parte do filme. Ela é tão expressiva que basta um olhar dela para que entendamos tudo o que quer dizer naquele momento. Sua interação com Logan e Xavier também é um dos pontos altos do filme, sendo responsável pelas partes mais emocionantes.

A vida de Logan sempre foi marcada pelo sofrimento, e com o passar dos anos isso não mudou. O personagem mantém aquela alma torturada e ranzinza, que continua mantendo os outros à distância, mas se vê forçado a ajudar Gabriela, que é calorosamente acolhida por Xavier.

O filme tem um ar melancólico, já que vemos que até os mutantes mais poderosos nada podem fazer contra o tempo. O cérebro mais poderoso do mundo se torna uma ameaça com a doença que acomete Xavier. E até Logan está abatido, já não é mais tão forte como costumava ser.

Dosando cenas violentas com outras de drama, o filme é permeado pelo clima de desesperança, ao mesmo tempo também que homenageia o público que acompanhou o mutante por tanto tempo. Vale ressaltar a homenagem aos quadrinhos e os easter eggs (uma referência a outras obras do mesmo universo, como uma espécie de”mensagem secreta” ou “piada interna”) para deleite dos fãs.

Com uma história simples e uma pegada de “faroeste”, Hugh Jackman se despede em um dos melhores filmes de super-heróis da atualidade. Posso dizer com segurança que, após 17 anos na pele do personagem, “Logan” encerra a saga de Wolverine com chave de ouro.

E quem sabe este fim seja apenas o começo de uma nova geração de mutantes?

Obs.: não há cena pós-crédito.

O filme está em cartaz no Cinemaxx Mercado Estação, com sessões dubladas às 15h20 e 18h; e legendada às 20h40. No Top Cine Hipershopping Estação, com sessões dubladas às 15h30 / 18h30 e 20h30. A classificação é 16 anos.

Marianne Wilbert

Jornalista, pós-graduada em mídias digitais.
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