Em reunião realizada nesta última terça-feira (25), o Conselho Municipal de Transportes (Comutran) discutiu o possível aumento da passagem de ônibus de R$ 3,50 para R$ 3,90.
Em nota, o Setranspetro informou que o reajuste tarifário é previsto por lei para garantir o equilíbrio econômico e financeiro do Sistema de Transporte Público de Petrópolis, garantindo a continuidade dos serviços e os investimentos em tecnologia e equipamentos. “O valor das tarifas de R$ 4,30 apresentado pelo Setranspetro é técnico e considera os fatores que impactam diretamente nos custos que vem sendo absorvidos pelas empresas nos últimos 16 meses, como aumento do salário dos rodoviários em 2016, queda de 6% da demanda de passageiros pagantes, aumento do diesel, pneus e itens de rodagem e a previsão do reajuste do reajuste dos rodoviários desse ano que vem sendo negociado.”
Já em reunião realizada nesta quinta-feira (27), a CPTRans apresentou o cálculo que leva ao reajuste para o valor de R$ 3,90.
Em pronunciamento durante a sessão plenária no dia da reunião do Comutran, o vereador Marcelo da Silveira (PSB) se colocou contra o aumento. O vereador salientou a falta de estrutura dos transportes, o desrespeito das empresas com os usuários, além dos pequenos trajetos percorridos em determinados itinerários e a falta de ônibus com os elevadores para pessoas com deficiência.
“O transporte público de nossa cidade é deficitário. Não se tem manutenção nos coletivos, as empresas não renovam suas frotas e quem sofre é o usuário, que paga caro por um serviço de má qualidade. Além disso, nós deficientes não conseguimos utilizar muitos dos ônibus, pois grande parte deles estão com os elevadores parados. Devemos pensar, também, nas famílias carentes, que já passam dificuldades em pagar o atual valor, e que terão ainda mais dificuldades com o possível aumento”, disse.
O vereador Ronaldão (PR), por sua vez, também repercutiu no plenário municipal sua revolta com o aumento da passagem de ônibus. O parlamentar destacou ainda o fato de não ter sido aprovado, no início do ano pelos vereadores, o reajuste de 6% no salário dos servidores públicos. “Para os servidores não houve reajuste de 6%, já para os empresários há uma mudança acima da inflação nas passagens. É necessário o aumento, mas é um absurdo os 11%”, disse Ronaldão.
Exemplo disso são as constantes reclamações sobre atrasos e quebra de veículos na Comunidade do Horta, por exemplo, que levaram a vereadora Gilda Beatriz (PMDB) a oficiar a empresa de ônibus Petro Ita e a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans). Segundo a vereadora, um serviço caro e vital para a população não pode ser ineficiente.
“Há alguns dias a linha 413 – Lopes Trovão não atende a comunidade e, segundo denúncias que recebi em meu gabinete, até o momento, a população não recebeu nenhuma explicação. A população merece respeito e como representante desses usuários estou cobrando isso”, explicou.
A empresa Petro Ita, que atende bairros da Zona Sul, além da região do Alto da Serra e Morin, é responsável por 83 linhas de ônibus.
