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Cidade

Casos de violência serão notificados à Saúde e à Assistência Social

A Secretaria de Saúde, por intermédio da Comissão de Acidentes e Violência, está regularizando o fluxo de atendimento às vítimas de violência. O objetivo é que sejam notificados regularmente todos os casos à coordenação de epidemiologia do município e aos órgãos de assistência às vítimas do município: Centro de Referência e Atendimento à Mulher (CRAM), Centro de Referência Especializado de Assistência Social(CREAS) e Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). Com a ação, a prefeitura poderá criar ações efetivas de prevenção, conscientização e cuidados em saúde e de assistência.

Criado em 2007, o grupo formado por 23 entidades entre secretarias do governo, socorristas, unidades de saúde pública e privada e órgãos assistenciais, não realizavam as notificações de casos de acidente e violência com regularidade. Em reunião realizada nesta última segunda-feira (8), A coordenação de epidemiologia compartilhou o fluxo de notificação de casos de violências junto ao grupo e apresentou a nova estratégia proposta pelo Ministério Público que prevê ações de atendimento e acompanhamento às vítimas.

“Todas as Unidades de Urgência do Município, sejam públicas ou privadas, precisam preencher um protocolo de notificação para a Epidemiologia e acionar a delegacia na chegada desse paciente. Em reunião junto ao Ministério Público nos foi solicitada a criação de um novo protocolo e fluxo para mulheres vítimas de violência e abuso sexual que contemple desde o atendimento médico prestado até o acompanhamento dessa paciente junto aos setores da Assistência Social”, explicou Elisabeth Wildberger, coordenadora da Epidemiologia.

A coordenadora do CRAM, Raquel Vieira, afirma que pelo novo fluxo, o município além de ter dados fidedignos quanto ao atendimento às mulheres vítimas de agressão também poderá acompanhar a vítima e a família com o suporte assistencial além de buscar ações preventivas e de conscientização.

“Nós precisamos nos unir para darmos uma melhor acolhida a essas vítimas. O CRAM, CREAS e o CRAS podem dar esse suporte psicológico, assistencial e até jurídico a essas mulheres e a família que estão envolvidos nesse universo de violência. O nosso fluxo não irá prever apenas como atender essa vítima no momento da agressão, mas também para que ela tenha como se curar dos traumas e se reerguer após esse episódio”, disse Raquel Vieira.

O secretário de Saúde, Silmar Fortes, destacou que a subnotificação impacta na criação de políticas públicas de prevenção. A violência contra a mulher, por exemplo, em 2012 foram 1.344 casos notificados e em 2016 apenas 143.

“Apesar das reuniões estarem sendo realizadas ao longo dos anos, as notificações na coordenação de epidemiologia vem decrescendo a cada ano. Sem os dados fiéis não conseguimos criar políticas públicas efetivas de prevenção, educação, conscientização e cuidados à população”, afirmou.

Participaram da reunião representantes da Secretaria de Assistência Social, Educação e Defesa Civil. Membros do Samu, Guarda Civil, CRAM, Hospital Alcides Carneiro, UPA Centro, Coordenação de Epidemiologia, HMNSE e Pronto Socorro Leônidas Sampaio.

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