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Cinema

[Crítica] A Cabana (2017)

Embora a morte seja parte da vida, dificilmente sabemos lidar com ela. Se o fim de um ente chega de uma forma inesperada e violenta, além da dor dilacerante, o inconformismo potencializa o sofrimento da perda trazendo ainda mais tristeza e nublando nossos sentidos.

Às vezes, nem mesmo a religião, que costuma ser uma fonte de força e “conforto” em momentos assim, acalenta. Até o mais crente começa a se questionar se Deus existe mesmo e se sim, como foi permitir que isso acontecesse.

Pelo menos é assim que Mack se sente, após o desaparecimento de sua filha mais nova durante um acampamento em família. Seu corpo nunca foi encontrado, apenas o vestido que usava e vestígios de sangue numa cabana nas montanhas.

Sem um corpo para enterrar, e sem justiça já que o culpado nunca foi encontrado, Mack desaba e passa a apenas a existir, ao invés de viver.

Um dia, ao encontrar uma carta o convidando para voltar a cabana e determinado a obter respostas, pensando ser o assassino de sua filha, Mack vai sozinho até o local, mas as coisas não acontecem como imaginava.

No lugar sombrio e abandonado, um homem (que mais tarde ele descobre ser Jesus) aparece e o conduz até a uma bela cabana onde Deus o aguarda.

Repleto de questionamentos que nós mesmos nos fazemos, Mack vai passar por uma jornada de autoconhecimento e “iluminação”, revivendo alguns momentos de sua vida e começando a enxergar as coisas de uma outra forma.

Vale ressaltar que a carismática Octavia Spencer (vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por “Histórias Cruzadas” e indicada na mesma categoria por “Estrelas além do tempo”) arrebentou como Deus. Aviv Alush e Sumire, Jesus e o Espírito Santo respectivamente, também foram uma grata surpresa.

Mas preparem os lencinhos! Durante todo o filme há diversas cenas para arrancar muitas lágrimas dos espectadores, lembrando um pouco “Amor além da vida”.

Em suma, é um filme bonito!

 

https://www.youtube.com/watch?v=fVgK9yRmrjI

O filme está em cartaz no Cinemaxx Mercado Estação com sessões às 15h30 (dublada) e 20h30 (legendada). A classificação é 10 anos.

Marianne Wilbert

Jornalista, pós-graduada em mídias digitais.
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