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Coluna Literária

[Coluna literária] “Até o fim do mundo” – Tommy Wallach

“Afinal, toda vida acaba em um apocalipse, de um jeito ou de outro. Quando aquele apocalipse chegasse, seria muito triste pensar: Pelo menos eu não tenho muito a perder. Não se vence o jogo da vida perdendo o mínimo possível. Essa seria uma daquelas – qual era o mesmo o nome? – vitórias pírricas. O vencedor era o que tinha mais a perder, mesmo que isso significasse perder tudo. Mesmo que significasse que, mais cedo ou mais tarde, você iria perder tudo mesmo.”

 

Desde sempre escutamos que o mundo vai acabar no ano x. Foi na virada do século, em 2012, em outras datas aleatórias e muitas, mas muitas teorias. Bom, o fato é que ainda estamos aqui e embora um apocalipse não pareça que vai acontecer tão cedo, sempre que essas “notícias repletas de hipóteses” surgem, é inevitável que a gente pense: o que eu faria?

Embora essa premissa já esteja um pouco batida, “Até o fim do mundo” fala desta possibilidade do fim eminente, já que o asteroide “Ardor” está prestes a colidir com a Terra. Assim, acompanhamos Anita, a aluna exemplar e perfeitinha; Andy, o rebelde sem perspectivas; Eliza, a que tem fama de “fácil” e Peter, a estrela do time de basquete. Todos frequentam a mesma escola, mas não tem nada em comum, até que a chegada do apocalipse os aproxima de uma forma que nenhum deles teria imaginado.

Anita decide sair de casa e seguir o sonho de virar cantora. Andy faz de seu objetivo transar com Eliza antes que o mundo acabe. Peter se preocupa com sua irmã Misery, que está envolvida com o traficante Bobo, enquanto tenta correr atrás da garota que ele realmente gosta (e não é sua namorada). E Eliza começa a fotografar a reação das pessoas após a notícia e fica famosa na internet.

Os desdobramentos vão unindo esses jovens que se tornam um grupo improvável, mas que vai enfrentar muita coisa juntos. Agressões, prisão, vandalismo, beijos e perdas, os quatro vão viver mais coisas em dois meses do que haviam vivido até então.

Mesmo que toda a história reforce aquela ideia do Carpe Diem, ainda assim é curioso pensar como a gente só resolve agir diante de algo maior do que nós, que não podemos controlar, quando, na verdade, o fim pode chegar a qualquer momento, para qualquer um; não temos como saber.

Pode ser clichê, e até um pouco piegas, mas, às vezes, a gente precisa ler umas histórias assim para nos dar aquela sacudida!

“Eu chamo alguém de louco porque nem todo mundo é louco. Eu digo que alguém é brilhante porque nem todos são brilhantes. Mas todo mundo morre. Os esquilos morrem. As células cutâneas morrem, os seus órgãos internos morrem, e a pessoa que você era ontem também morreu. O que significa morrer, então? Nada de mais.”

Um ponto diferente do livro de estreia de Tommy Wallach é que, como ele também é músico, as músicas mencionadas na história ganharam vida no álbum We All Looked Up (que é o nome original do livro), que está disponível para download no site do autor.

Em suma, vale a pena conferir  “Até o fim do mundo”, é uma leitura agradável!

Marianne Wilbert

Jornalista, pós-graduada em mídias digitais.
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