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Grupamento de Proteção Ambiental encontra indício de acampamentos irregulares no Parque Ipiranga

Nesta última quarta-feira (14), o Grupamento de Proteção Ambiental (GPA) da Guarda Civil encontrou indícios de acampamentos irregulares em dois pontos do Parque Natural Padre Quinha, na Av. Ipiranga, onde o acesso ao público não é permitido. Foram detectados cinzas de fogueiras e utensílios domésticos, como panelas, potes de plásticos, embalagens de alimentos, entre outros, que indicam a presença recente de invasores.

A fiscalização ocorreu dentro do Plano Inverno, mas a partir de agora passará a acontecer mensalmente. O objetivo era coibir possibilidade de criação de focos de incêndio e também caça de animais – que pode ser tipificado pela Lei de Crimes Ambientais.

Um dos possíveis acampamentos foi encontrado na divisa do Parque com a Estrada da Saudade. Neles, foram achados panela de pressão, talheres, potes de plástico e potes de temperos. O outro estava no início da trilha que dá acesso à Av. Barão do Rio Branco. Por ali, além de panelas, havia garrafas de refrigerante, copos descartáveis, vidro de álcool (provavelmente usado para acender fogueira) e cordas. Todos esses materiais foram recolhidos e descartados pelos guardas.

De acordo com o subcomandante e coordenador do GPA, Altenir Mendes, mesmo com a chuva que caiu na cidade na madrugada desta quarta, foi possível perceber que as cinzas das fogueiras são recentes.

“Isso é perigoso porque pode se transformar em um incêndio, que pode atingir moradores as comunidades que ficam às margens do Parque e trazer danos à vida e ao patrimônio deles, além de causar problemas de saúde por causa da poluição. Também pode causar prejuízo a fauna e flora, deixar o solo vulnerável e provocar erosão”, explicou.

O Parque Ipiranga é unidade de conservação e possui trilhas abertas ao público. Por isso, não é permitido ocupar outros locais. Pela Lei de Crimes Ambientais, quem for pego causando “dano direto ou indireto às Unidades de Conservação” pode ser preso por até cinco anos. Provocar incêndio em mata pode render até quatro anos de prisão. No caso de caça de animais, a reclusão pode chegar a um ano mais multa.

Esse tipo de fiscalização não ocorria há três anos e foi feita agora por sugestão do coordenador do GPA como parte do Plano Inverno, uma ação de combate aos incêndios em matas criado pela prefeitura e liderada pela Secretaria de Defesa Civil – o plano será lançado oficialmente no próximo dia 20. A intenção do grupamento é fazer um levantamento de áreas com risco de queimadas. Esse trabalho de fiscalização mais intenso é necessário porque o parque não tem uma delimitação física. As invasões, segundo a Guarda, ocorrem pelas comunidades vizinhas.

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