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Teatro

Fórum Itaboraí abre chamada pública para oficinas do Núcleo do Teatro do Oprimido

De 31 de julho a 4 de agosto estará aberta a chamada pública para interessados em participar das oficinas para construção do Núcleo do Teatro do Oprimido do Fórum Itaboraí. Trata-se de uma iniciativa do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, unidade especial da Fiocruz em Petrópolis, com objetivo de fomentar o desenvolvimento e aprofundamento desta técnica, como expressão artística propriamente e também como instrumento de mobilização e conscientização comunitária.

“Nossa missão é promover a saúde e isso nos guia em todas as nossas atividades. E prover saúde é muito mais do que combater as doenças, significa contribuir com a redução das desigualdades sociais, colaborar com a cidadania para atingir o bem-estar, o estar de bem com a vida e o seu entorno. E a arte tem um papel fundamental na promoção da saúde”, explicou Felix Rosenberg, diretor do Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde.

O Teatro do Oprimido é um método teatral criado pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal, a partir de 1960, cujo objetivo é democratizar os meios de produção teatral e, a partir dele, estimular a identificação, a problematização das questões sociais e a transformação da realidade através do diálogo entre artistas e público, em uma relação participativa e de mão-dupla. De acordo com a coordenadora do Núcleo do Teatro do Oprimido do Palácio Itaboraí, Janaína Ricardo dos Santos, o Teatro do Oprimido é um instrumento que dá voz a quem normalmente não tem voz, a quem está dentro de um problema que pode parecer individual mas que muitas vezes é coletivo e de natureza social, como uma questão de violência doméstica, que Janaína usa apenas para exemplificar. “Por estimular reflexões entre os seres humanos, ele apoia a expressão de quem vive aquele problema e oferece a oportunidade de interação com aqueles que aparentemente estão de fora, para a construção conjunta de caminhos e soluções”, complementou.

“Inicialmente, nosso objetivo é formar um núcleo irradiador, responsável por criar e apresentar espetáculos teatrais em diversas comunidades de Petrópolis, abordando questões locais relevantes, muitas delas identificadas pela nossa equipe que atua e atuou em diversas comunidades de Petrópolis, como com o Trabalho Técnico Social – TTS da Estrada da Saudade, em apoio à implantação do Minha Casa, Minha Vida, e, mais recentemente, no Diagnóstico Rápido Participativo – DRP, cobrindo cerca de 40% do território municipal”, disse Rosenberg. Segundo o diretor do Fórum Itaboraí, este trabalho foi realizado por 36 das 44 equipes de Saúde da Família da Secretaria Municipal de Saúde e contou com o apoio docente, de supervisão e de análise  da equipe do Fórum, permitindo levantar junto às comunidades os determinantes sociais de saúde e das condições de vida daquela população. “Nosso papel é provocar o interesse e o debate público sobre o que os moradores de cada território entendem como questão coletiva a ser debatida e transformada e acreditamos que o Teatro do Oprimido pode oferecer condições práticas para ampliar as possibilidades de expressão e comunicação. Futuramente, nossa proposta é incentivar e apoiar a criação de diversos núcleos do Teatro do Oprimido nas comunidades, organizados e mantidos por agentes locais”, concluiu.

Esta chamada pública é voltada a qualquer pessoa interessada, em qualquer faixa etária, tendo ou não experiência em artes cênicas. São 30 vagas disponíveis e as inscrições devem ser feitas presencialmente no Palácio Itaboraí, sede do Fórum, localizado na Rua Visconde de Itaboraí, 188, Valparaíso, de segunda a sexta, das 9h às 17h. As oficinas são gratuitas e acontecerão nas duas primeiras semanas de agosto, sendo ao todo quatro encontros, dois por semana, com carga horária de quatro horas por encontro. Dias e horários serão definidos de acordo com a disponibilidade apresentada pela maioria dos interessados.

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