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Saúde

Agricultores serão capacitados para a produção de plantas medicinais para o SUS

De 13 de setembro a 4 de outubro, o Fórum Itaboraí: Política Ciência e Cultura na Saúde, unidade especial da Fiocruz em Petrópolis, realizará o segundo ciclo de palestras para agricultores que fazem parte do Arranjo Produtivo Local – APL de Plantas Medicinais. Serão ao todo, quatro encontros para capacitá-los para produção de ervas e plantas medicinais a serem fornecidas para o Sistema Único de Saúde (SUS), em apoio ao tratamento de doenças e que contribuam também com a melhoria das condições de saúde das pessoas.

“Somos uma instituição pública que atua na promoção da saúde e isso nos guia em todas as nossas atividades. Sabemos que o uso das plantas medicinais no tratamento de diversas moléstias é uma prática milenar e, desde a década de 1970, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece e indica esse método como recurso terapêutico de baixo custo e fácil acesso. O Brasil tem uma vasta biodiversidade e a utilização destas plantas é cotidiana, mas de maneira bastante empírica e desvinculada dos serviços de saúde. Por isso, nossos esforços nessa área estão voltados a fortalecer e disseminar essas práticas, desenhando arranjos produtivos locais que envolvam tanto agricultores como a rede municipal de saúde e culminem em políticas para o setor”, explicou Felix Rosenberg, diretor do Fórum Itaboraí.

O APL de Plantas Medicinais começou em 2012, quando o Fórum Itaboraí, em parceria com a Prefeitura Municipal de Petrópolis, submeteu proposta que foi selecionada no primeiro edital de projetos de Arranjos Produtivos Locais (APLs) voltados à produção de insumos de origem vegetal, considerando a agricultura familiar e o conhecimento tradicional e científico, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.

“Nós desenhamos quatro grandes metas, que, em cascata, se subdividiam em várias etapas. Em resumo, nossos objetivos, desde então, têm sido: aumentar o acervo da coleção de plantas medicinais georreferenciadas do Palácio Itaboraí; criar horto-matrizeiros e identificar e capacitar potenciais agricultores/beneficiadores; estabelecer e organizar o processo de produção local, incorporando o beneficiamento dessa matéria-prima vegetal; e, por fim, aproximar os profissionais de saúde, com vistas à prescrição adequada, já que o objetivo maior é fazer a ponte entre o agricultor e a Secretaria Municipal de Saúde, para que plantas medicinais de qualidade cheguem à população, apoiando as práticas e cuidados com a saúde”, explicou Sergio Monteiro, coordenador, pelo Fórum Itaboraí, do APL.

Os encontros deste ciclo serão teóricos e práticos, somando 32 horas de qualificação, e ocorrerão no Palácio Itaboraí, sede do Fórum, com cerca de 20 agricultores, representando parte relevante das áreas rurais do município: Caxambu, Bonfim, Itaipava, Secretário, Brejal, Vale das Videiras, Vale do Cuiabá/Quilombo da Tapera, Vale do Jacó e também o município vizinho São José do Vale do Rio Preto. Entre os temas das palestras estarão: identificação e beneficiamento de espécies, legislação pertinente, introdução à aromaterapia, produção de mel, comercialização de produtos orgânicos e plantas medicinais, entre outros.

Cabe ressaltar, ainda, que as plantas medicinais, de forma integrada com o APL, fazem parte de outra iniciativa do Fórum: o Arboreto do Palácio Itaboraí, uma trilha urbana de 808 metros, com um acervo de mais de 300 espécies de plantas vivas e identificadas, sendo a maior parte delas medicinais, localizada na sede da Fiocruz em Petrópolis, no bairro Valparaíso. É aberta ao público de 8h às 17h, de segunda a sábado, e visitas guiadas por monitora podem ser realizadas mediante agendamento pelo site do Palácio (www.forumitaborai.fiocruz.br).

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