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Cidade

Restauração do painel de Djanira no Centro de cultura será aberto à visitação

O painel de 12 metros de Djanira –  doado pela artista ao Liceu Municipal Cordolino Ambrósio – foi transferido do seu lugar de origem após 64 anos para a restauração que vai acontecer no Centro de Cultura Raul de Leoni, na Galeria Aloísio Magalhães. O trabalho será acompanhado por restauradores do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Museu Histórico Nacional, que também vão coordenar o processo de restauro.

Para receber o painel, a Galeria Aloísio Magalhães passou por adequações necessárias para garantir o acondicionamento da obra, como iluminação e ventilação do espaço, além de um esquema especial de segurança. Todas as mudanças foram apontadas pela equipe técnica em visita ao espaço, em julho. Agora, uma equipe do Iphan e Museu Histórico Nacional dará início ao estudo do que deverá ser feito no restauro para mensurar o orçamento do material que será utilizado no processo e equipe de apoio, caso seja necessário, e que será liderada pela equipe do órgão federal.

 O painel de Djanira, que é tombado pelo Iphan, retrata imagens da Cidade Imperial, da vista do Salão Nobre onde ela foi instalada após a doação. A obra é um registro do carinho da artista pela cidade que passava longas temporadas desde 1947.

 “A tela foi pintada para estar no Liceu Municipal. Com o passar dos anos o próprio local foi deixado e talvez se desvirtuando das suas finalidades. Ao longo dos anos, a obra nunca teve o acondicionamento e manutenção correta. O próprio Iphan fez o faciamento do painel, que é cobri-lo para proteger para que a tinta não solte até que seja feita a restauração”, explicou Leonardo Randolfo, diretor-presidente do Instituto Municipal de Cultura e Esportes.

A restauração deve durar cerca de um ano e o processo poderá ser acompanhado pelo público no programa de visitação guiada que será oferecido, dando a oportunidade a estudantes e público em geral de ver de perto o restauro de uma obra de arte. Após o restauro, a tela deve retornar ao Salão Nobre do Liceu Municipal Cordolino Ambrósio.

Pintora importante do modernismo brasileiro, Djanira também era desenhista, cartazista e gravadora. Seu trabalho retratava a diversidade de cenas e paisagens brasileiras, com a presença marcante da religiosidade. Natural de Avaré, interior de São Paulo, morreu no Rio de Janeiro, aos 64 anos. Expôs suas obras nas principais galerias e espaços culturais do Brasil, e também no exterior – Inglaterra, Argentina, Uruguai, Chile, Estados Unidos e Paris.

Seus quadros ainda são expostos em diversas exposições nacionais e internacionais. Grande parte de sua obra está abrigada no acervo do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. E Petrópolis foi presenteada com o painel de mais de 12 metros, o maior de Djanira, feito especialmente pela artista para a Cidade Imperial.

 

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