Empresa AJR ficará responsável pela assessoria de gestão dos condomínios do Minha Casa Minha Vida

A AJR Administração de Condomínios e Empreendimentos Ltda. venceu a licitação oferecendo o valor de R$ 180 mil pelo serviço, preço 33,5% abaixo do fixado pela licitação – R$ 270 mil. Esse valor vem do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), mantido para este tipo de trabalho.

Antes, a prefeitura já havia definido que a empresa Gravisa ficaria responsável pela infraestrutura de entorno, que ofereceu o valor de R$ 732 mil pela obra. Na semana que vem será realizada a licitação para determinar a responsável pelo trabalho técnico-social, que envolve instruções de como gerir e conservar os condomínios e apartamentos, noções de saúde e higiene, organização financeira e até a capacitação profissional.

No trabalho de gestão condominial, a AJR ficará responsável por um trabalho pedagógico e de orientação para ensinar os moradores a desenvolver escolha de síndico, gestão contábil, administração, entre outros pontos. Dessa forma, os beneficiários dos apartamentos vão conseguir conviver em condomínio e reduzir reclamações e desentendimentos. Na prática, o trabalho se divide em três fases:

A primeira etapa é a de formação do condomínio, na qual haverá um levantamento de informações para a elaboração da previsão orçamentária do condomínio, prestação de assessoria técnica nas reuniões que antecedem a ocupação e eleição do síndico e conselho fiscal;

Em seguida vem a fase de implantação e organização, quando será providenciada a emissão do CNPJ do condomínio e registro das atas, além de realizar reunião inicial com síndico e conselho fiscal para esclarecimentos sobre o trabalho de assessoramento e apoio nas discussões com os condôminos para elaboração do regimento interno;

Encerrando o ciclo fica definida a assessoria do síndico quanto à necessidade e periodicidade da convocação de assembleias, assim como aos seus respectivos procedimentos; participar das reuniões, orientar o síndico e conselho fiscal com relação à elaboração de cadastro de moradores, planejamento e condução de assembleias, disponibilizar canais de comunicação para esclarecer dúvidas ou prestar assessoramento ao síndico e conselho, entre outras.

A vencedora da concorrência tem experiência neste tipo de trabalho. Criada no Rio de Janeiro em 2013, ela já fez o mesmo serviço em outros empreendimentos de MCMV em Santa Catarina, Goiás, Piauí, Roraima e Amapá.

“Já temos experiência, uma equipe capacitada, e vamos trazer todo nosso conhecimento para cá. Acompanhamos todas as dificuldades das famílias dentro dos condomínios e trabalhamos para ajudar a implantar a gestão dos prédios”, afirmou o diretor da empresa, Rafael de Miranda.

A construção das 776 unidades do MCMV no Vicenzo Rivetti ficou paralisada por três anos e ganhou ritmo em 2017, saindo de 5% para 67%. O cenário em janeiro, de mato alto e nenhuma construção, deu lugar a quase todos os blocos já completamente erguidos e alguns deles já embolsados. Os apartamentos-modelo, que mostram como serão entregues as unidades, já foram apresentados à prefeitura e à Caixa. As casas são destinadas a famílias com renda de até R$ 1,6 mil por mês e vão reduzir a lista de pessoas que recebem aluguel social. Os beneficiários serão definidos pela Caixa.