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História

Banheira usada por Getúlio Vargas é aberta à visitação no Palácio Rio Negro

Após ter ficado fechada por muitos anos, a banheira que era usada por Getúlio Vargas, no Palácio Rio Negro, está aberta à visitação do público. O espaço teria sido frequentado também pela vedete Virgína Lane, apontada como amante do ex-presidente.

“A banheira ficou fechada por muitos anos após o Getúlio, por conta da história dele com a Virgínia Lane. No governo Dutra, ela foi lacrada. Contudo, a filha do JK, Márcia, disse não lembrar dessa banheira, quando foi entrevistada. Ela fica no subsolo do palácio, em uma área bem reservada, com acesso por uma escada ‘escondida'”, conta o historiador Daniel Martinez, administrador do Palácio Rio Negro.

O Palácio Rio Negro, ao longo de sua história, foi cenário de diversas transformações que marcaram o nosso país. Construído por Manoel Gomes de Carvalho, barão do Rio Negro, o Palácio, mais tarde, abrigaria o símbolo máximo da República. Caminhar por entre os cômodos desta bela casa é, também, testemunhar as mudanças que moldaram as estruturas sociais e políticas do país que vemos hoje.

Embora tenha suas raízes ainda nos tempos do Império, o Rio Negro não tardaria a ser protagonista da recém instaurada República. Construído em 1889 pelo engenheiro italiano Antonio Jannuzzi para ser a residência de verão dos Rio Negro, o Palácio pouco hospedou seus primeiros proprietários. Já em 1894, o barão e sua família se mudam para Paris.

Neste mesmo ano de 1894, turbulências na capital do país, em decorrência da instabilidade da nova forma de governo, acarretariam a transferência da capital do estado do Rio de Janeiro para Petrópolis. Como a Europa havia conquistado os Rio Negro, em 1896 a família decide vender o Palácio, que é adquirido pelo governo do Estado para nele instalar a sede do poder executivo fluminense.

Petrópolis ostenta o título de capital do Estado até o ano de 1903, quando, sob o governo de Quintino Bocaiúva, a capital retorna para Niterói. Neste mesmo ano, o Palácio Rio Negro torna-se residência de verão dos presidentes da República, que, à semelhança do Imperador e da alta sociedade da época, tinham o hábito de veranear na Serra. Rodrigues Alves foi quem inaugurou os despachos presidenciais no Rio Negro, criando uma tradição que seria seguida pela maioria de seus sucessores. O ritmo da modernidade, no entanto, não permitiria mais usufruir do descanso na Serra. O empreendedorismo do presidente Juscelino Kubitschek acabaria por alterar a tradição do veraneio em Petrópolis. JK, imbuído pelo espírito desbravador que lhe era peculiar, levou adiante a realização da sua “meta” mais audaciosa: a construção de uma capital no coração do Brasil.

A mudança da capital para Brasília, porém, acabaria por selar o fim do veraneio em Petrópolis, dificultado pela distância entre as duas cidades. Diante deste cenário, o então presidente Ernesto Geisel, em janeiro de 1975, transfere o Palácio para o Ministério do Exército, que nele instala a 1ª Brigada de Infantaria Motorizada. A Brigada ocuparia o Rio Negro até o ano de 1991.

A tradição do veraneio presidencial é retomada em 1996, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso hospeda-se no Palácio. Anos mais tarde, em 2008, seria a vez do presidente Lula desfrutar desta bela edificação. Ao todo, 16 presidentes da República utilizaram as dependências do Rio Negro.

O Palácio Rio Negro ainda mantém a tradição de residência de verão da presidência da República e, sempre que solicitado, hospedará o mandatário da nação.

A visitação, que é gratuita, será de terça a domingo, das 10h às 18h. O Palácio Rio Negro fica na Avenida Koeler nº 255, no Centro. No prédio ao lado, há o Museu da FEB que também é aberto à visitação.

Foto: Aluysio Robalinho

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