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Saúde

Moradores de Itaipava pedem que unidade de saúde a ser instalada no distrito tenha soros para acidentes com animais peçonhentos

Com o aumento no número de casos de acidentes com animais peçonhentos no verão, moradores de Itaipava ficam preocupados com a distância entre o distrito e a UPA Centro, que é o polo de aplicação das sorologias para todas as cidades da Região Serrana.

Mas e se estamos em Itaipava, com trânsito e bem longe? Qual é o tempo que uma pessoa precisa para ser socorrida após uma picada de qualquer um desses animas? Entre o Centro e Itaipava tem uma grande e bem congestionada distância. Daí se morre no caminho! Queremos soro em Itaipava!”, disse Patrícia, moradora do distrito.

Neste ano, o distrito vai receber uma Unidade de Urgência e Emergência, que vai ser instalada próxima ao terminal rodoviário, e vai contar com uma equipe completa formada por 21 médicos clínicos, 14 pediatras, 36 técnicos de enfermagem, 14 enfermeiros, 4 farmacêuticos, 2 assistentes sociais. Contudo, de acordo com o município, mesmo com a instalação da unidade de urgência em Itaipava, a aplicação do soro continuará na UPA Centro.

“A unidade de urgência sem soro não resolve nada. O caminho pela serra é longo e congestionado. Melhor que seja dada uma solução eficaz. Meia solução não adianta!”, completa Patrícia.

Em nota, a prefeitura informou que “na atual gestão, foi estipulado pela Secretaria de Saúde um novo fluxo de atendimento que contempla a assistência de primeiros socorros e a aplicação do soro. Na unidade são atendidas pessoas que precisam de soro antirrábico, antitetânico, antiofídico (picada de cobra), antiaracnídico (picada de aranha) e antiescorpiônico (picada de escorpião).

“A Vigilância de Epidemiologia ressalta que a vacina só é aplicada por indicação médica. Na hora do atendimento o médico vai avaliar a gravidade do acidente para aplicar as sorologias e vacinas. Em caso de acidente leve, não é necessário aplicar o soro, pois ele pode causar reação adversa. Sendo assim, cada caso deve ser avaliado pelo profissional da urgência de acordo com o protocolo determinado pelo Ministério da Saúde.

“No verão, aumentam os números de casos. A UPA recebe, por semana, média de três pacientes que necessitam tomar o soro, e os estoques são repostos conforme o uso, sendo fornecidos prontamente pela Secretaria Estadual de Saúde, não havendo falta do medicamento no município”.

Entre janeiro e fevereiro deste ano, a Vigilância em Saúde do município registrou 23 notificações de casos acidentes com animais peçonhentos. Por conta disso, a Secretaria de Saúde faz um alerta aos moradores de áreas próximas às matas que mantenham a atenção com animais domésticos, nos passeios e trilhas e dentro das residências. Em caso de acidente procure imediatamente a UPA do Centro.

Em 2017 foram registrados 161 acidentes com peçonhentos, destes, 40%, ou seja, 64 casos, foram registrados na estação mais quente do ano. Neste verão houve redução e a população vem contribuindo com a captura desses animais ainda com vida, para envio para a Vigilância Ambiental que, em parceria com o Instituto Vital Brasil, produz os soros específicos usados nas vítimas de acidentes.

A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Elisabeth Wildberger, explica que durante a noite aranhas e escorpiões são mais ativos, então é importante antes de dormir inspecionar os cômodos da casa, principalmente as camas e berços.

“É preciso atenção com as crianças, idosos que circulam por áreas próximas às matas e as pessoas que fazem trilhas devem estar vigilantes. É muito importante não colocar a mão em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, em espaços situados em montes de lenhas ou entre pedras. Caso seja necessário mexer nestes locais, a pessoa deve usar um pedaço de madeira, enxada ou foice”, alerta.

Dos acidentes com animais peçonhentos registrados este ano, 7 foram com serpentes, 8 com aranhas, 6 com escorpiões, uma de lagarta e outra de abelha. A diretora coordenadora da Vigilância Ambiental, Maria Beatriz Fagundes Pellegrini alerta aos trabalhadores que atuam em áreas de matas, com serviço de jardinagem ou coletores de lixo é essencial o uso de luvas e botas de cano alto para evitar os acidentes.

“Os trabalhadores precisam ficar atentos no manuseio de plantas e galhos neste período e os moradores em áreas de matas, onde já é frequente o surgimento desses animais, devem inspecionar roupas, calçados, toalhas de banho, de rosto e roupas de banho antes de usá-los. Caso encontre um animal peçonhento evite o contato e acione a Vigilância Ambiental pelo telefone 2231-0841”, orienta.

2 Comentários

  1. Com certeza a maioria dos casos que necessitam de soro acontecem no mato, nos distritos… Se vão haver médicos de plantão na UPA Itaipava, qual a lógica do socorro ser no centro da cidade ???

  2. Nenhuma lógica ! Em 2017 foram 161 casos de urgência por picadas de animais peçonhentos. Quase 15 casos por mês, isto é, um dia sim outro não uma pessoa é atacada. Precisamos de soro urgente e accessível aqui. Vamos batalhar sem descanso

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