Concer: Maio amarelo
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Cidade

Município elabora levantamento de dados nas áreas atingidas a ser encaminhado para o governo federal

As equipes técnicas de Gestão Estratégica, Obras, Meio Ambiente e Defesa Civil fazem uma força-tarefa para consolidar, no menor tempo possível, ao Ministério da Integração Nacional diagnóstico das áreas afetadas no Caxambu e Bela Vista e que necessitam de recursos do governo federal para serem recuperadas.

Todas as secretarias estão envolvidas em apoio aos quatro principais órgãos que estão em campo para os levantamentos. “Emergencialmente estamos restabelecendo os acessos porque os agricultores precisam escoar suas produções. Uma reconstrução e até mesmo melhoria no que era a realidade antes da chuva de sábado é a segunda fase, esta com recursos federais”, diz o prefeito Bernardo Rossi.

O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, já sinalizou que a esfera federal vai apoiar a cidade emergencialmente e na recomposição das áreas. “Mantivemos contato por telefone e um técnico, engenheiro civil, baseado no escritório do ministério no Rio também já esteve na cidade e segue nos orientando nos procedimentos de forma a acelerar as medidas”, completa Rossi.

O decreto de situação de emergência, assinado pelo prefeito e válido a partir de segunda-feira (05) se atém apenas às áreas do Caxambu e Bela Vista. O instrumento é importante para acelerar a restauração dos locais. “A população é descrente de recursos a serem enviados e usados, de fato, porque como aconteceu mais de uma dezena de vezes em nossa cidade, muita coisa ficou pendente. Vamos, agora, mostrar o passo a passo do que for conquistado e executado”, pontua o prefeito Bernardo Rossi elencando ainda pontos diferentes no decreto em que os órgãos municipais são chamados à máxima responsabilidade. Em um dos trechos o decreto estabelece “responsabilidade ao agente da Defesa Civil ou autoridade administrativa que se omitir de suas obrigações”.

Cerca de 150 famílias vivem da produção rural na região do Caxambu

As equipes da prefeitura seguem trabalhando para restabelecer a escoação da produção dos agricultores no bairro Caxambu. Cerca de 150 famílias vivem da produção rural da região.

A família de de produtores rurais de Juliana  da Costa de Azevedo já estava com o caminhão fechado, com hortaliças que seriam vendidas na feira, no domingo. A chuva estragou a carga do caminhão, o lucro da semana da família, que costuma ser de R$ 1.500,00. Além disso, toda a plantação restante foi comprometida. “Não restou nada. Não temos ideia do prejuízo total com a perda da plantação, mas, o que estava plantado, poderia render pelo menos mais duas feiras”, comenta Juliana.

Segundo o diretor do Departamento de Agricultura, José Mauricio Soares, sem o levantamento, não é possível mensurar o prejuízo total causado pela chuva. “Muitos agricultores ainda estão contabilizando os seus prejuízos. Temos casos de pessoas que perderam não só a produção da semana, que já estava separada no caminhão para feira, mas, também, o quantitativo de um mês de trabalho, além de canalização, máquinas e os bens localizados nas residências”, explicou.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico está recebendo auxilio da Emater-Rio, Sindicato Rural e Associação dos Produtores do Caxambu, na realização desse levantamento.

Trabalho de limpeza continua nas áreas atingidas

Caminhões e retroescavadeiras da Secretaria de Obras trabalham no serviço de limpeza das barreiras e acessos nas localidades Mata Banco, Três Pedras, Bairro do Alto e Caminho do Derinho.

Nas localidades Mata Banco e Três Pedras, perto da Igreja de Santa Isabel, um caminhão e uma retroescavadeira seguem auxiliando na limpeza da região. Equipes também trabalham na recomposição do acesso à região, que ficou prejudicado pela chuva. No Caminho do Derinho, a prioridade é a retirada de barreiras que deslizaram no último sábado (3). “Acreditamos que a resposta rápida vai minimizar as nossas perdas, que já foram muito grandes. O trabalho de limpeza e desobstrução é fundamental para todos que moram aqui”, explica Augusto da Fonseca, agricultor, que mora na localidade do Derinho há mais de 20 anos.

No Bairro Alto, os moradores relataram que pedras rolaram de uma montanha durante a chuva. Técnicos da Secretaria de Defesa Civil e Ações Voluntárias realizam nesta semana uma inspeção com um drone na região para avaliar se mais material pode se desprender da rocha.

 De sábado até segunda, cerca de 560 toneladas de lama foram removidas nos bairros atingidos pela chuva. Na Rua Timóteo Caldara (Bela Vista), a Secretaria de Obras fará uma segunda implosão para acelerar a retirada da pedra que caiu na via e bloqueia a passagem de veículos. A equipe de manutenção viária estima que ela tenha entre 10 a 12 toneladas e o tamanho dela – além das chuvas que caem no período da tarde – estão atrapalhando a conclusão do serviço. São 10 homens envolvidos no trabalho, com duas retroescavadeiras e dois caminhões.

Em Corrêas, o trabalho está praticamente concluído. Na manhã de terça, a empresa deslocou funcionários para a Rua Olaria para finalizar a retirada da lama. Também foram mobilizados homens para atuar na região do Prado de Corrêas. Na Praça Luiz Furtado da Rosa, a lavagem foi feita ainda no domingo (4).

No Itamarati, o trabalho também está avançando e seis homens da Secretaria de Obras seguem na Rua Bernardo Vasconcelos para fazer remoção da lama com auxílio de uma máquina e um caminhão.

Município monta pontos de apoio

Nesta quarta-feira (7) vão ser montados dois pontos de apoio para as famílias atingidas pelas chuvas do último sábado (3). O primeiro será montado no Caxambu na Igreja Santa Isabel, região que concentra 16 famílias desalojadas e no CRAS de Corrêas, bairro que concentra 23 famílias desalojadas. Nos locais, a prefeitura está cadastrando os moradores que tiveram as casas atingidas e providenciando a assistência emergencial com fornecimento de roupa de cama, água e cesta básica. Por orientação da Secretaria de Assistência Social, as famílias estão sendo deslocadas para em casas de parentes ou amigos.

Das casas atingidas, grande parte foi por alagamento, principalmente nos bairros Caxambu, Bela Vista e Cascatinha. No Morin, foram atingidas por pedras ou lama, apresentando risco do imóvel.

“Muitas pessoas que tiveram perdas materiais e tem muita gente querendo ajudar. Vale reforçar que não estamos com nenhuma campanha de arrecadação de doações, porém, podemos indicar as famílias que estão precisando as entidades, como é o caso da Cruz Vermelha que está realizando uma campanha junto à população. Todos os nossos materiais doados foram comprados pela prefeitura e fazem parte do Plano de Contingência do município no caso de desastres naturais. Então a Secretaria já conta com um estoque prévio destes materiais para distribuição para essas famílias. Agora é o momento que eles precisam de muito carinho e atenção e reforçar que estamos prontos a ajudá-los”, reforça a secretária de Assistência Social, Denise Quintella.

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