Dando continuidade à programação do Festival Sesc de Inverno, nesta terça-feira (24) haverá atrações no Sesc Quitandinha e no Palácio de Cristal.
A conhecida história de Hansel e Gretel, escrita pelos irmãos Grimm, e conhecida no Brasil como João e Maria, ganhou adaptação do Teatro Ruante, companhia de Porto Velho (RO), para espaços abertos. A montagem poderá ser vista pelos petropolitanos no Palácio de Cristal, às 15h.
Adaptada e dirigida por Adailtom Alves e Selma Pavanelli, a peça “Era uma vez João e Maria… E ainda é” conta a história de duas crianças abandonadas por seus pais na floresta, onde se deparam com a/o Coisa. Com destaque para a narração e para as brincadeiras, o espetáculo propõe uma reflexão sobre a fábula na atualidade. As músicas, criadas ou recriadas a partir do repertório das cantigas infantis, fazem parte da composição das cenas e são executadas ao vivo.
O Grupo Teatro Ruante possui quatorze anos de trajetória. Foi criado em 2004 na cidade de São Paulo, onde produziu três espetáculos (Clown Show, Que Palhaçada é Essa Aqui?, Casamento na Roça – pernas pra que te quero), com os quais realizou temporadas e participou de festivais por todo o Brasil.
Em 2015, o grupo mudou-se para a cidade de Porto Velho/RO e vem contribuindo com a cena local, por meio de suas montagens teatrais e outras ações como suas oficinas circenses e o trabalho junto à comunidade escolar. O grupo tem como fonte inspiradora o universo popular e busca fundir em seus espetáculos a linguagem circense, o teatro de rua e a música.
Já no Sesc Quitandinha, dois documentários que retratam conflitos indígenas terão exibições gratuitas nesta terça-feira (24). As sessões de “Ex-Pajé”, do diretor Luiz Bolognesi, começa às 16h, e a de “Martírio”, de Vincent Carelli, às 18h. A entrada é franca.
Filmado em 2016, “Ex-Pajé” recebeu menção honrosa no Festival de Cinema de Berlim 2018 e o prêmio Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) do Festival É Tudo Verdade. O documentário aborda o etnocídio indígena através da história do Pajé da tribo Suruí. Totalmente isolada até a década de 1970, a tribo, após o contato com o branco, passou por um poderoso processo de evangelização, que demonizou as práticas culturais indígenas, fazendo de seu Pajé um integrante mal visto pela própria comunidade.
Vencedor do prêmio de Melhor Longa-Metragem Latino-Americano no Festival de Mar del Plata – entre diversos outros de nível nacional -, “Martírio” retrata a luta do povo Guarani Kaiowá, que habita as terras do centro-oeste brasileiro, contra a violência promovida pelos produtores rurais. Considerado pelo jornal O Estado de S. Paulo como um dos filmes definitivos sobre a questão indígena brasileira, o filme narra a trajetória de opressão sofrida pela etnia desde os jesuítas e bandeirantes até os fazendeiros e suas milícias. O documentário mostra ainda o embate entre a bancada ruralista e os indigenistas no Congresso Nacional.
Confira a programação completa em www.festivalsescdeinverno.com.br
