Um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), alerta para o aumento de casos de sarampo no mundo. Os números mostram que, nos quatro primeiros meses deste ano, foram registrados 79.329 casos da doença, contra 72.047 no mesmo período de 2017. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil enfrenta pelo menos dois surtos de sarampo – em Roraima e no Amazonas, além de casos em outros estados.
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro informou que há sete casos de sarampo confirmados, sendo cinco na capital fluminense e dois em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Ainda de acordo com a Secretaria Estadual, todos os casos têm ligação com a Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde foi diagnosticado o primeiro caso da doença.
Já de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, há 26 anos Petrópolis não registra casos de sarampo e não há registro de nenhum caso suspeito da doença na cidade. Apesar disso, o município já conta com unidades básicas de Saúde, de urgência e emergência e hospitais em contato constante realizando monitoramento para rápida atuação em caso de suspeita da doença.
A Secretaria de Saúde de Petrópolis recebeu, até o momento, um único alerta emitido pela Secretaria de Estado de Saúde, no início deste mês – em que cita no histórico que a paciente esteve em Petrópolis, não havendo, no entanto, qualquer comprovação de que a mesma tenha contraído a doença durante os dias em que esteve na cidade. Cabe destacar ainda que o referido alerta foi emitido para as coordenadorias epidemiológicas de todos os municípios do Estado do Rio.
O órgão reforça que a população deve manter atualizado o calendário básico de vacinação, que é a melhor forma de prevenir a doença.
A vacina triviral, que previne contra sarampo, caxumba e rubéola, está disponível em 15 salas de vacinação. As crianças devem ter primeira dose da vacina quando completado um ano de vida, com reforço com um ano e três meses. Quem já tomou as doses de acordo com o calendário de vacinas não precisa ser vacinado novamente.
Abaixo, o médico, professor e diretor da Fase/FMP Paulo Cesar Guimarães esclarece algumas dúvidas em relação à doença e à vacinação, confira:
Qual o principal público-alvo da campanha de vacinação?
Paulo Cesar: Crianças até 5 anos incompletos.
Quem tomou a vacina quando era criança, precisa tomar novamente?
Paulo Cesar: Se tomou duas doses comprovadamente, não há necessidade.
E quem já teve a doença?
Paulo Cesar: Se o sarampo foi comprovado por médico, não precisa tomar a vacina.
Há alguma contraindicação?
Paulo Cesar: As contraindicações são raras e mesmo pessoas com alergia a ovo podem receber a vacina, porque o percentual de efeitos colaterais é muito pequeno. Podem existir efeitos colaterais aos outros componentes da vacina. Há contraindicação da vacina às gestantes, pessoas com problemas imunológicos e história de anafilaxia na primeira dose da vacina. Quando há a possibilidade de um processo anafilático a vacina deve ser dada em ambiente hospitalar.
Como é a propagação da doença?
Paulo Cesar: Diretamente, de uma pessoa a outra pessoa (espirros, tosse, apertos de mão e objetos que foram contaminados pelo vírus do sarampo).
A vacina está disponível em 15 locais de vacinação, de 8h às 16h – com intervalo de 1h para almoço. Confira a lista de postos:
PSF Alto da Serra
PSF Posse
PSF São Sebastião
UBS Alto Independência
UBS Morin
UBS Mosela
UBS Itaipava
UBS Pedro do Rio
UBS Quitandinha
UBS Retiro
Centro de Saúde Coletiva
Centro de Saúde no Itamarati
Ambulatório Escola
Epidemiologia (ao lado do Hospital Municipal Doutor Nelson de Sá Earp)
Hospital Alcides Carneiro (HAC)
*Com informações da Agência Brasil
