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[Coluna] Saúde com segurança

por Paulo Cesar Guimarães

Retrocessos não são bons para o país, principalmente quando estamos falando de salvar vidas. Ver a queda da cobertura vacinal da população é motivo de tristeza e preocupação para quem trabalha na área médica.

Enquanto pesquisadores buscam avanços contra doenças e agentes de saúde divulgam a importância da vacinação, principalmente entre as crianças, muitos pais seguem ignorando todo esse esforço.

A irresponsabilidade de não vacinar os filhos abre a porta para o retorno do sarampo e a poliomielite, entre outras doenças que estavam sob controle. Movimentos migratórios nas fronteiras ou campanhas antivacinais desinformadas na internet não podem seguir prejudicando nossas vidas.

Vale reforçar que, contra o sarampo, a primeira dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) ou tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) devem ser tomadas aos 12 meses de vida, e a segunda dose, aos 15 meses. O adulto não vacinado na infância deve tomar as duas doses com um intervalo mínimo de um mês entre elas.

Já a vacina contra a pólio deve ser tomada três vezes: aos dois, quatro e seis meses (VIP – Vacina Inativada Poliomielite), com reforços da vacinação nos Dias Nacionais de Vacinação contra a poliomielite (VOP – Vacina Oral Poliomielite). Ou seja, todas as crianças devem estar vacinadas até os cinco anos. Adultos não precisam se vacinar, nesse caso. 

Além do sarampo e da poliomielite, preocupam a diminuição na cobertura vacinal contra a coqueluche, a difteria e a hepatite A, no Brasil.

Sem falar na campanha nacional contra a gripe, que precisou ser prorrogada algumas vezes diante da baixa procura por parte dos grupos de risco.

Muitos fogem da agulha com o argumento de que a vacina vai deixá-los gripados. Repetindo: na maioria dos episódios não se trata de gripe e, sim, resfriado, provocado por outros vírus, não pelo influenza. Isso porque a vacina é produzida com vírus inativado e fracionado, um vírus morto.

A vacinação é o caminho para tirar crianças, adultos e idosos das estatísticas de mortes por gripe. E o alerta, agora, vale para as outras doenças, que não podem fugir de controle, ceifando vidas inocentes ou deixando sequelas graves como a paralisia.

 

Paulo Cesar Guimarães é membro do Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro, professor e diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase).

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