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Turismo

Casa de Santos Dumont completa 100 anos com visitação gratuita

No dia 19 de agosto, a Encantada completa 100 anos  e para marcar o seu centenário, o Museu Casa de Santos Dumont terá uma programação especial no próximo domingo, com gratuidade para os visitantes.

Construída em 1918, com a obra pronta em 19 de agosto, o chalé de fachada europeia que se destaca no Centro Histórico com suas paredes brancas e janelas verdes, recebeu um presente adiantado na última semana com a assinatura do convênio para reforma no atrativo. Sem passar por uma grande obra desde a década de 1990, o projeto prevê importantes reparos, fundamentais para a preservação de seu acervo e de sua estrutura.

Outra boa notícia para o mês, no dia seguinte (20), começam no local as gravações da minissérie “Santos Dumont: mais leve que o ar”. A produção da HBO, que terá seis episódios, ajudará a divulgar o atrativo em todo país. O ator João Pedro Zappa, que participou de diversas produções da TV Globo, como “Por toda minha vida”, “Além do Tempo”, e “Os dias eram assim”, interpretará Santos Dumont em sua fase adulta. Serão três dias de gravação na “Encantada”, até o dia 22, e, no período, o atrativo ficará fechado para visitantes. Outras locações em Petrópolis também servirão de cenário para a minissérie.

Neste primeiro semestre, mais de 60 mil pessoas já tinham passado pelo Museu Casa de Santos Dumont. Em 2017, foram mais de 170 mil visitantes. A última grande reforma no local terminou em 1992, depois de dez meses de intervenções. Já as últimas obras foram feitas em 2012. Hoje, a “Encantada” precisa de importantes reparos, previstos no atual projeto, fundamentais para a preservação de seu acervo e de sua estrutura.

Além da pintura geral interna e externa, dos reparos de reboco e da manutenção dos pisos de madeira, o projeto também prevê a troca das telhas de alumínio e de vidros das janelas. Já no Centro Cultural 14 Bis serão feitas adaptações do espaço, com a implementação de paredes para melhorar a acústica e o isolamento do som nas transmissões de vídeos para os visitantes, além da troca do piso interno, das telhas de alumínio e de uma revisão elétrica, reboco e pintura.

O próximo passo é a apresentação do projeto executivo à Caixa para que ele seja aprovado.

Casa traz inovações que atrai visitantes

Construída em 1918, poucos imaginavam que o terreno íngreme que ficava bem na entrada da Rua do Encanto, no Centro da cidade, poderia abrigar uma moradia. Visionário, o pai da aviação decidiu construir lá seu chalé, que desenhou e planejou com a ajuda do engenheiro Eduardo Pederneiras.

“A casa é um encanto. Inclusive, ‘Encantada’ já era o nome que o próprio Santos Dumont dava pra sua casa. É um dos patrimônios mais interessantes de Petrópolis, que foge um pouco da história da Família Imperial, apesar do contato dele com a Princesa Isabel. Santos Dumont passava muitos verões na cidade, que era um costume na época. O pai dele já tinha passagem por aqui e ele tinha lembranças da vinda com o pai”, explica a historiadora Patrícia Souza Lima, autora, em parceria com o jornalista Francisco Luiz Noel, do livro “Uma Casa Muito Encantada – A invenção arquitetônica de Santos-Dumont”.

Hoje, quem sobe as escadarias e entra na imóvel consegue notar de cara que se trata de uma casa especial. Para entrar, só é possível com o pé direito, em função do formato das escadas criadas por Santos Dumont. A personalidade do inventor é facilmente notada em cada canto, desde o chuveiro aquecido a álcool, que ele mesmo inventou, aos móveis multiuso, como um gaveteiro que servia de cama e uma mesa de estudos que também era usada para fazer suas refeições.

Santos Dumont vislumbrou sua casa de veraneio observando da janela do hotel onde se hospedava o terreno íngreme, onde se espalhava um bambuzal à beira da rua. Da imaginação, o desejo acabou virando ideia fixa. Depois de ter uma proposta recusada, a insistência do inventor venceu e ele conseguiu comprar o terreno. De uma só vez, a “Encantada” foi erguida em poucos meses. O pedido de habite-se está registrado no dia 19 de agosto, tendo sido vistoriada e liberada pela prefeitura, ocupando o número 22 da rua. O lugar tranquilo, usada por Santos Dumont, por exemplo, para observar as estrelas e para escrever o seu livro “O que eu vi e o que nós veremos”, hoje é um dos pontos mais movimentados da cidade.

O Museu Casa de Santos Dumont funciona de terça-feira a domingo, de 9h às 17h30, sendo que a bilheteria fecha às 17h. Os ingressos custam R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia). Apenas no próximo domingo (19) a entrada será gratuita.

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