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História

[Você sabia?] O prédio do Museu Imperial já funcionou como escola

Um dos principais cartões postais da cidade e o ponto turístico mais visitado de Petrópolis nem sempre foi um museu. Além de ter sido a casa de veraneio de d.Pedro II, dois colégios funcionaram no local: o Educandário Notre Dame de Sion e o Colégio São Vicente de Paulo. Mas comecemos pelo princípio.

Em 1822, enquanto viajava em direção a Vila Rica (Minas Gerais) em busca de apoio ao movimento da Independência do Brasil, d. Pedro I se encantou com a Mata Atlântica e o clima ameno da região serrana. Hospedado na Fazenda do Padre Correia, ele chegou a fazer uma oferta para comprá-la, mas a proprietária recusou. Então, d. Pedro comprou a Fazenda do Córrego Seco, em 1830, por 20 contos de réis, pensando em transformá-la um dia no Palácio da Concórdia.

A Fazenda do Córrego Seco foi deixada como herança para seu filho, d. Pedro II, que nela construiria sua residência favorita de verão. Para dar início à construção, d. Pedro II assinou um decreto em 16 de março de 1843, criando Petrópolis. Já em 1845, teve início a construção do prédio neoclássico onde funciona atualmente o Museu Imperial, tendo sido concluída em 1862. Ainda na década de 1850, o local foi enriquecido com o jardim planejado e executado pelo paisagista Jean-Baptiste Binot, sob orientação do jovem imperador.

D. Pedro II adorava a sua residência de verão e a cidade que se formou ao redor. Contudo, com a proclamação da República em 15 de novembro de 1889, houve o banimento da família imperial, que se exilou na Europa. Em dezembro do mesmo ano, a imperatriz d. Teresa Cristina faleceu em Portugal e, dois anos depois, em1891, d. Pedro II faleceria em Paris.

Entre 1893 e 1908, a princesa Isabel, como única herdeira – sua irmã, a princesa Leopoldina, havia falecido em 1871 –, alugou o Palácio de Petrópolis para o Educandário Notre Dame de Sion. Em seguida, entre 1909 e 1939, o Colégio São Vicente de Paulo funcionou no prédio. Nesse período, grande parte do mobiliário e demais objetos foram transferidos de local e de propriedade.

No São Vicente de Paulo estudou Alcindo de Azevedo Sodré, um apaixonado por história que sonhava com a transformação do seu colégio em um museu histórico. Graças a ele, em 29 de março de 1940, o presidente Getúlio Vargas criou, pelo Decreto-Lei n° 2.096, o Museu Imperial.

A partir de então, uma equipe técnica liderada pelo próprio Sodré, que se tornaria o primeiro diretor do Museu, tratou de estudar a história da edificação e localizar peças pertencentes à família imperial em diferentes palácios, para ilustrar o século XIX e o dia a dia de membros da dinastia dos Braganças. Importantes colecionadores nacionais juntaram-se ao projeto, doando objetos de interesse histórico e artístico.

Como resultado, o Museu Imperial foi inaugurado em 16 de março de 1943, com um significativo acervo de peças relativas ao período imperial brasileiro. Ao longo das últimas sete décadas, acumulou expressivos conjuntos documentais, bibliográficos e de objetos graças a generosas doações de centenas de cidadãos, totalizando um acervo de quase 300 mil itens.

*As informações e fotos são do Museu Imperial/Ibram MinC

Frente e parte do jardim da Casa da Princesa Isabel, em 1922, época em que lá funcionou o Ginásio Petropolitano.
Crédito: Arquivo Histórico – Museu Imperial/Ibram/MinC
Capela do Colégio São Vicente de Paulo em 1942, época em que o colégio funcionava onde hoje está localizado o Museu Imperial.
Crédito: Arquivo Histórico / Museu Imperial
Alunos do 1º ano do Colégio São Vicente de Paulo, no ano de 1910. Veem-se os meninos sentados na escadaria do colégio, atual Museu Imperial.
Crédito: Arquivo Histórico / Museu Imperial
29/09/1920 – homenagem prestada pelos alunos do Colégio São Vicente de Paulo ao rei Alberto da Bélgica durante sua visita a Petrópolis, no dia 29 de setembro de 1920. Na época, o colégio funcionava no Palácio de Petrópolis onde, atualmente, está instalado o Museu Imperial. Entre os presentes: Epitácio da Silva Pessoa, presidente da República e Raul Veiga, presidente do estado. Todos estão na lateral do colégio, onde se vê um toldo armado.
Crédito: Arquivo Histórico / Museu Imperial

 

 

Capela de madeira do Colégio Nossa Senhora de Sion que funcionava no pátio do palácio que hoje abriga o Museu Imperial.
Crédito: Arquivo Histórico / Museu Imperial
Vista de parte do centro da cidade de Petrópolis tirada, provavelmente, do morro da rua Dezesseis de Março. Ao fundo, vê-se o “Palácio do Imperador” atual Museu Imperial. Atrás do palácio, vê-se a torre da capela pertencente ao Colégio Notre Dame de Sion.
Crédito: Arquivo Histórico / Museu Imperial
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