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Cidade

Petropolitanos vão decidir o destino das charretes de tração animal em outubro

A questão já é antiga em Petrópolis, mas em outubro os petropolitanos vão finalmente poder decidir o destino das vitórias com tração animal na cidade. O plebiscito acontece no dia das eleições, em 7 de outubro, e aqueles que forem a favor votarão 1 e quem for contra a tração animal, votará 2.

Modelo de carruagem sem utilização de animais (Crédito: reprodução pocosja.com.br)

Na Câmara Municipal, os vereadores Wanderley Taboada e Gilda Beatriz comandam as Frentes Pró e Contra à Tração Animal, respectivamente. Taboada é contra o encerramento das atividades por considerar que as charretes são tradição na cidade e afirma que há fiscalização e que os animais são bem cuidados.

“Sou a favor da manutenção das charretes ou jardineiras pelas seguintes razões: primeiro porque representa a nossa história por ser a única Cidade Imperial das Américas; segundo porque 30 famílias de charreteiros e outras pessoas que prestam serviços a eles vivem deste trabalho e por último porque conheço a maneira que esses animais são tratados e controlados pelo o órgão fiscalizador da Prefeitura e do veterinário particular que dá assistência. Eles são chipados para melhor controle, o mesmo não trabalha todos os dias e fazem revezamento porque possuem mais animais”, explica o vereador.

Já Gilda defende que o uso de animais nas charretes não é mais necessário, pois existe tecnologia para atender o turista, como veículos elétricos, por exemplo. A vereadora diz ainda que a Frente possui duas comissões: uma que estudará a recolocação profissional dos charreteiros e outra que vai estudar o destino dos animais caso o serviço seja extinto. A Frente Contrária à Tração conta ainda com uma página no Facebook.

Em 2015, em operação conjunta, equipes da Coordenadoria de Bem-Estar Animal e da Coordenadoria de Fiscalização da Secretaria de Fazenda, com apoio da Guarda Civil e da Polícia Militar, encerram as atividades de passeio de charrete e cavalgada próximo ao lago de Nogueira. Diversos animais apresentavam sinais de maus tratos e o serviço era prestado sem conformidade com a lei.

Crédito: reprodução Vivian Silva / apontador.com.br

Inepac atende CPDA e mantém plebiscito sobre charretes de Petrópolis

*com informações da OAB-RJ

O presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais (CPDA) da OAB/RJ, Reynaldo Velloso, participou na última semana de uma reunião no Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) para debater a intenção do órgão de declarar que as charretes de Petrópolis passariam a ser patrimônio cultural imaterial do Rio de Janeiro.

Velloso defendeu que a vontade popular determinada no plebiscito marcado para o dia 7 de outubro para decidir a questão seja respeitada e que a medida não seja tomada antes desta data, pleito que foi atendido pelo Inepac. Ele ressaltou também o maltrato que os cavalos sofrem no manejo das charretes e os agravantes, como o fato de o limite de 70kg de peso corporal para cada passageiro não ser respeitado e de os paralelepípedos e ladeiras das ruas de Petrópolis dificultarem a tração. A reunião teve a presença também dos vereadores da Gilda Beatriz e Wanderley Taboada que lideram as frentes relacionadas a essa questão.

Velloso ressaltou que a CPDA valoriza o diálogo para, no caso de encerramento das atividades, encontrar em conjunto com o órgão uma solução de abrigo para os animais atualmente usados nas charretes, assim como de empregabilidade dos profissionais que deixarão a atividade e o possível impacto no turismo da cidade: “Realizamos recentemente na Ordem o seminário Animais de tração, justamente para discutirmos estas situações e buscarmos soluções”.

O presidente do Inepac, Marcus Monteiro, que conduziu a reunião, afirmou que a instituição vai respeitar a vontade popular e só irá se pronunciar após a realização do plebiscito.

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