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Cidade

Grupo de trabalho vai discutir a transição das charretes

No dia 7 de outubro foi realizado o plebiscito sobre o destino das charretes de tração animal em Petrópolis, no qual a população votou pelo fim da prática. A vereadora Gilda Beatriz, que presidiu a chapa contra a tração animal, encaminhou ofício ao Executivo no dia seguinte a votação solicitando o agendamento de uma reunião, para que pudessem decidir a recolocação profissional dos charreteiros e também o destino dos animais, porém, de acordo com a assessoria da vereadora, “além do Executivo não ter respondido o ofício da vereadora, ele agendou uma reunião com ativistas independentes e em nenhum momento convidou o Poder Legislativo – Câmara Municipal de Petrópolis para esta conversa”.

Já a prefeitura disse que aguarda ainda a notificação oficial da Câmara Municipal do resultado do plebiscito, que deve ocorrer após o término do segundo turno das eleições e que em respeito ao resultado das urnas, o governo criou um grupo de trabalho para discutir a situação dos charreteiros. “Na quarta-feira (24), o prefeito Bernardo Rossi esteve reunido com representantes da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil, do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, protetores e ativistas da causa animal, além de membros do governo para tratar do assunto”, comunicou em nota.

Na ocasião, a diretora-presidente do Fórum Animal, Elizabeth MacGregor, colocou o órgão à disposição para receber os cavalos das charretes. São 39 animais regulamentados no município exercendo a função. Todos eles são examinados quinzenalmente pelo veterinário da Coordenadoria de Bem-estar Animal (Cobea).

“Estamos há mais de 15 anos trabalhando para construir nova sociedade onde a compaixão pela vida animal seja um valor nacional, compartilhado por todos os brasileiros. Esse é um debate bastante amplo e que vai construir uma solução em conjunto. O Fórum Animal está disposto a receber os animais dos chaterreiros, dando todo o suporte e cuidado necessário para os cavalos”, disse Elizabeth.

Também presente no encontro, o protetor e ativista da causa animal, Domingos Galante, destacou a iniciativa da prefeitura e ressaltou a importância de discutir o assunto para que todos os envolvidos sejam atendidos. “Essa reunião foi bastante importante, assim como a criação do grupo de trabalho. Com o apoio do Fórum Animal, vamos conseguir dar um destino aos animais, o que é o primeiro ponto. Também vamos discutir sobre outras questões importantes, como a empregabilidade dos charreteiros e o turismo”, comentou.

Em nota, a assessoria de Gilda informou ainda que assim que o TRE encaminhar para a Câmara a homologação do plebiscito, o decreto legislativo será preparado, obrigando o Poder Executivo a cumpri-lo. “A vereadora também protocolou a criação de uma Comissão Especial para estudar a substituição da tração animal em charretes e também o destino dos animais na Câmara, porém, os vereadores preferiram esperar a homologação do TRE para votar pela aprovação desta comissão”.

(Crédito: reprodução Vivian Silva / apontador.com.br)

Cavalos são encontrados mortos em Petrópolis

Nesta semana, mais um cavalo foi encontrado morto na cidade, desta vez no distrito da Posse, mas infelizmente esse não foi o primeiro caso. Petropolitanos também encontraram animais gravemente feridos, e consequentemente vindo a óbito, no Alto Independência, Comunidade do Neylor e no Taquara.

Em nota, a assessoria a vereadora Gilda Beatriz informou que “ela irá oficiar a Coordenadoria do Bem-estar Animal (Cobea), solicitando esclarecimentos e quais medidas o órgão está tomando com relação a essas mortes e investigações”.

Já a prefeitura disse que “a Cobea está apurando quem são os responsáveis pelos animais para que todas as medidas cabíveis sejam adotadas”. E em relação ao que está sendo feito para que casos como esses não voltem a se repetir, o município informou que “a Cobea trabalha em parceria com o setor de educação ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, realizando palestras e ações de conscientização nas escolas da rede municipal e nas comunidades”.

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