Concer: Maio amarelo
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Agenda cultural

Festa Literária da Serra Imperial acontece nesta semana

Lançamentos literários, exposições e apresentações musicais estão na programação da Festa Literária da Serra Imperial (FLISI), que acontece entre os dias 21 e 23 de novembro e terá como tema “A Palavra Encanta – nossa língua, nosso canto”. As múltiplas facetas da palavra, especialmente seu elo lírico com a música, serão abordadas em encontros, performances, lançamentos de livros e palestras. Mais de 40 convidados estão confirmados, entre escritores, jornalistas, atores e cantores. O Museu Imperial e o Auditório da Casa da Educação Visconde de Mauá são os principais palcos da festa.

Segundo os organizadores da festa, o objetivo da Flisi é valorizar a história e a memória cultural do Brasil. “Do ponto de vista do público-alvo, a FLISI 2018 comunicará aos jovens, estudantes e professores a importância de desvelar as raízes da identidade cultural brasileira, promovendo uma compreensão mais ampla da sociedade, da cultura e das artes, construindo uma perspectiva crítica sobre os fenômenos políticos e facilitando o entendimento das diferenças entre regiões, países e civilizações”, afirma Cristina Oldemburg, presidente do Instituto Oldemburg de Desenvolvimento.

Durante a Flisi também serão inauguradas mais três salas de leituras em escolas da rede municipal: Amélia Antunes Rabello, em Madame Machado, Professora Maria Campos, no Centro e Dr. Theodor Machado, no Vale do Cuiabá. As salas receberão o nome de Graciliano Ramos, uma homenagem aos 80 anos por sua obra Vidas Secas (1938).

No primeiro dia, o escritor Antônio Torres, membro da Academia Brasileira de Letras, abre a programação do Museu Imperial com uma conversa sobre O Tom das Palavras, em que apresenta peças do cancioneiro popular que serviram de inspiração para alguns de seus romances.

Também nesse dia, a importância de O Guarani, ópera de Carlos Gomes baseada no romance de José de Alencar, será ressaltada em uma conversa entre a doutora em Musicologia e Etnomusicologia, Maria Alice Volpe, e o vice-presidente da Academia Carioca de Letras, Dr. Alcmeno Bastos, com mediação do historiador e diretor do Museu Imperial, Maurício Ferreira. Marco do Romantismo, O Guarani foi a primeira composição erudita a ganhar projeção internacional. Ópera e romance serão colocados em paralelo, mostrando como o Romantismo é um dos pilares históricos da construção da nossa identidade cultural.

As obras de Vinicius de Moraes, Cazuza e Renato Russo também serão debatidas em encontros, embaladas por pequenas apresentações que acentuam a força atemporal de canções como Samba em Prelúdio e Ideologia. Outro destaque, o samba-enredo, é assunto de um bate-papo cuja trilha é o clássico Aquarela Brasileira, de Silas de Oliveira, interpretado por Thalita Villa-Nova.

A força das palavras preservadas na memória, apesar do passo veloz do tempo, é mais uma característica importante e, de certa forma, une diferentes iniciativas do evento. Bárbara Paz, Jonatas Faro e Zezé Motta demonstram isso durante a leitura de textos que marcaram suas vidas. Em outro momento, o Encontro com o Pequeno Príncipe resgata a famosa história de Antoine de Saint-Exupéry, autor que costumava se refugiar numa propriedade em Petrópolis.

Como o amor pela palavra se cultiva desde cedo, o evento também traz debates entre autores preocupados em plantar as sementes da literatura nas crianças. Em outra ponta da produção, a literatura contemporânea fica em evidência na conversa entre Geovani Martins (de O sol na cabeça) e Marcelo Moutinho (de Ferrugem), autores jovens e celebrados que se embrenharam na mistura entre ficção e realidade.

A programação completa pode ser conferida neste link.

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