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Saúde

Cinoterapia leva alegria para pacientes em tratamento do câncer

Há um ano e meio, a rotina de cinoterapia do Centro de Terapia Oncológica (CTO) foi intensificada pela Guarda Civil. Agora, toda terça, os golden retriever Chico e Jujuba são levados para promover um momento de alegria e descontração para quem espera por uma consulta ou para realizar uma sessão de quimioterapia.

A cinoterapia acontece sempre na sala de espera, um local onde o nervosismo, a ansiedade, a angústia e o medo costumam se fazer presentes ao lado dos pacientes. Mas basta que os cães entrem no ambiente para causar uma mudança imediata no semblante de cada um deles. Foi o que aconteceu com Inês Figueiredo da Cruz.

Em 2013, ela descobriu em um exame preventivo o que nem a mamografia tinha apontado ainda. Um nódulo do lado direito do seio obrigou a fazer a seis sessões de quimioterapia e 30 de radioterapia. Hoje, está curada, mas faz o acompanhamento a cada três meses no CTO. Ela já conhecia Chico e Jujuba da última consulta que fez em setembro. Nesta terça, quando eles chegaram na sala de espera, trouxeram logo o sorriso ao rosto de Inês.

“Acho os cães muito lindos porque eles alegram a gente. Às vezes, a gente chega com problemas porque nem todo mundo aceita a doença. Na época em que descobri o câncer, eu não aceitei. Só depois que eu admiti que estava doente e comecei a me tratar. E com o cão aqui, a gente se alegra e isso incentiva a gente a continuar lutando”, diz ela.

“A influência é muito positiva, os pacientes chegam aqui muitas vezes angustiados, com um exame na mão sem saber o que pode acontecer na consulta no médico. A vinda dos cachorros para cá, com um pulo no colo do paciente, um afago e um carinho do paciente e do cachorro, é positiva, tanto nos consultórios, quanto na minha sala e também na quimioterapia”, explica a psicóloga do CTO, Carolina Carvalhais.

Além do CTO, os cães são levados com regularidade para creches e asilos, sempre com o mesmo objetivo: levantar a autoestima de quem tem contato com os animais.

“Os cães trazem alegria, felicidade, descontração e o mais importante, a autoestima dos pacientes, que muitas vezes está em baixa. A gente percebe que vem aumentando com a presença dos cães. Os pacientes têm outro astral quando não só o Chico e a Jujuba entram na sala, mas também a equipe da Guarda”, ressalta o coordenador técnico do canil da Guarda Civil, Leandro Lopes.

Para o CTO, a realização da cinoterapia é uma forma de mostrar aos pacientes que a vida continua com as alegrias e, por isso, o paciente não deve viver só a doença.

“Para nós, que estamos há um ano e meio com o trabalho de cinoterapia no CTO, temos notado que os pacientes estão mais felizes e mais descontraídos, o que de certa forma acalma eles”, ressalta a oncologista e sócia do CTO, Carla Ismael.

“O paciente está aqui dentro do hospital, mas tem que viver a vida dele. Com o cachorro, que dá carinho, que corre de um lado para outro no quintal, mostra que o paciente, uma vez que voltou da consulta e do tratamento, é ele que tem que fazer isso também: as coisas que fazem ele feliz, aproveitar a vida, e não só esperar tudo do médico”, conclui o oncologista Christian Domenge.

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