O Egito é um grande museu a céu aberto. Mas não são só as pirâmides que atraem pessoas do mundo inteiro, os inúmeros templos também são visitas imperdíveis, já que eram locais de culto oficial aos deuses e de celebração aos faraós. Os mais importantes ficam situados ao sul do país, como Abu Simbel (que fica a aproximadamente 300 km da cidade de Assuã), Luxor, Karnak e Hatshepsut, estes últimos situados na cidade de Luxor.
Luxor está situada na antiga cidade de Tebas, que foi capital do Egito Antigo por mais de 1500 anos. A cidade fica a 676km da capital e para visitá-la, fizemos um bate e volta num trem noturno (10h para ir e mais 10h para voltar), conhecendo as principais atrações.
Pela manhã, visitamos o maior templo do Egito: Karnak, que foi dedicado aos deuses Amon (pai), Mut (mãe) e Khonsu (filho), a chamada Tríade Tebana. Na entrada já se vê o famoso corredor de esfinges do deus Amon-Rá, com corpos de leão e cabeça de carneiro para proteção do templo.
Lá dentro, chama a atenção a sala hipóstila com 134 colunas imensas em formato de papiro, sendo as maiores com 21m de altura e 3m de diâmetro; o maior obelisco do Egito, com 27m; o lago sagrado e em frente a ele, a estátua do escaravelho, que teria o poder de realizar desejos. É comum ver pessoas dando voltas ao redor da estátua para que seus desejos se realizem.
Nossa próxima parada foi no Vale dos Reis, onde foram enterrados vários faraós e nobres, sendo o túmulo de Tutancâmon o grande atrativo do local.
O ingresso dá direito à visitação de três túmulos, mas o do jovem faraó é pago à parte. Também é terminantemente proibido fotografar, a menos que se compre um ingresso somente para isso.
Os túmulos na verdade são longos corredores que culminam numa câmara onde ficavam os corpos dos faraós (que estão na Sala de Múmias do Museu do Cairo). Infelizmente, os locais foram saqueados, então o que se pode admirar são os hieróglifos nas paredes e, claro, a história de cada uma. Afinal, o fato de estar no local onde figuras tão importantes foram enterradas já é emocionante, certo?
Embora seja pago à parte, não deixe de visitar o túmulo de Tutâncamon. Como o lugar ficava um pouco escondido, embaixo de um outro túmulo, ele só foi descoberto em 1922 por Howard Carter, sendo o local mais bem preservado do Vale dos Reis. Dentro dele está a múmia do jovem faraó, seu sarcófago de ouro e as pinturas nas paredes muito bem preservadas.
Perto dali fica o belíssimo Templo de Hatshepsut, a primeira mulher faraó do Antigo Egito que governou por 21 anos. Ela criou diversos projetos de construção, ultrapassando as criações dos faraós que a antecederam.
Outro monumento bastante famoso são os Colossos de Mêmnon, que são duas estátuas gigantescas do faraó Amenófis II da XVIII Dinastia, e eram consideradas guardiãs do templo mortuário do faraó. Vale a parada!
Por último, mas não menos importante fizemos uma visita noturna no Templo de Luxor. Embora as fotos não fiquem tão boas, a iluminação dá um charme a mais ao lugar e o torna ainda mais bonito.
Logo na entrada vemos grandes estátuas do faraó Ramsés II e apenas um obelisco, já que o outro foi levado para a Praça da Concórdia em Paris. O local também foi dedicado ao deus Amon e segundo egiptólogos, ele tinha uma função importante relacionada ao rejuvenescimento dos faraós.
Um detalhe importante sobre todos esses passeios é nunca esquecer o protetor solar, óculos escuros e roupas confortáveis. O sul do Egito é uma região mais quente, então mesmo no inverno, faz bastante calor. Como os passeios são ao ar livre, roupas leves e tênis são os mais indicados para essas visitas.
Inclua Luxor no seu roteiro pelo Egito, você não vai se arrepender!
E não esquece de conferir a coluna sobre as atrações do Cairo aqui.
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Observações de uma petropolitana: no Egito
