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Marcha das Mulheres marca o dia 8 de Março em Petrópolis e no mundo

O ano mal começou e, até meados de janeiro, 107 casos de feminicídio já haviam sido registrados, segundo levantamento feito pelo professor Jefferson Nascimento, doutor em Direito Institucional pela USP, com base no noticiário nacional. Em Petrópolis, a mídia local divulgou dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) indicando 104 casos de estupro só entre os meses de janeiro a agosto de 2018, um número 33% vezes maior que no ano anterior. É por isso que, para além de flores e homenagens, neste dia 08 de Março – Dia Internacional da Mulher – um grupo da sociedade civil petropolitana formado por integrantes de diversas entidades, entre partidos políticos, coletivos e movimentos sociais, e também por mulheres independentes, se organizou mais uma vez para ocupar as ruas do Centro Histórico com a Marcha das Mulheres, prioritariamente pelo direito à vida, por justiça, embalada pelo inesquecível e ainda não solucionado assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, em março de 2018. A caminhada, que vai da Praça da Inconfidência à Praça D. Pedro, está marcada para às 18h, com concentração às 17h em frente à Igreja do Rosário.

Mas o que é feminicídio? É o assassinato de mulheres simplesmente por serem mulheres. No Brasil, feminicídio é considerado crime hediondo desde 2015, mas o número de assassinatos segue aumentando e já ultrapassa 3 mil por ano, de acordo com informações do Mapa da violência contra a Mulher, isso sem contar os outros casos de violência que não terminaram em morte. Os números são ainda mais chocantes entre as mulheres negras. A cada dez anos cresce em mais de 50% os homicídios contra elas, lembrando que mais da metade dos casos são cometidos por familiares, parceiros ou ex-parceiros.

A exemplo dos dois últimos anos, o ato em Petrópolis é convocado em conjunto pelos partidos PSOL, PCdoB e PCB, e outros coletivos e movimentos sociais como o CDDH – Centro de Defesa dos Direitos Humanos, a Nação Hip-Hop, Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, COFEM – Coletivo Feminista da FASE, UBM – União Brasileira de Mulheres, além de centros acadêmicos, grêmios estudantis e mulheres independentes. Em material divulgado em conjunto, elas convidam: “Contamos com a presença e a força de nossos companheiros e companheiras nesta luta que é de todos! Marchamos por mais direitos, por justiça por Marielle Franco, contra a Reforma da Previdência, pela segurança das mulheres, pelas nossas vidas e por nós. NEM UM PASSO ATRÁS! NEM UMA A MENOS!!!”.

Crédito: Mariana Rocha

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