[História] Igreja Nossa Senhora do Rosário

Para entendermos um pouco melhor a história de Nossa Senhora do Rosário, é necessário voltar um pouco na nossa história, mais precisamente para a época do Brasil Colonial quando foram criadas Ordens do Rosário dos Pretos, confrarias religiosas fundadas pelos escravos cristianizados. De acordo com lana Blaj, professora de História do Brasil Colonial na Universidade de São Paulo, em matéria para a revista Superinteressante, “a Igreja portuguesa escolhera o culto de Nossa Senhora do Rosário para promover a evangelização da África, de onde vinham os escravos”. Não é a toa que ela ficou conhecida a padroeira dos escravos do Brasil Colonial.

Em Petrópolis, de acordo com o professor de História Oazinguito Ferreira, em seu blog Petrópolis do século XX, a primeira capela de Nossa Senhora do Rosário foi construída “a partir da arrecadação de esmolas que foram angariadas por antigos escravos da cidade que em sua maioria eram ‘locados’ a serviços de veranistas e outros que se apresentavam no seio das poucas famílias que os possuíam na área urbana”. A capela foi inaugurada em maio de 1883.

Com o passar dos anos, o  local foi se deteriorando e precisava de grandes reparos. É então que no século XX, Dom Manoel Pedro da Cunha Cintra, o bispo diocesano de Petrópolis, incumbiu o Monsenhor Francisco Gentil de construir a nova igreja. Em 31 de maio de 1953, foi lançada a pedra fundamental.

Quando foi cravada a primeira estaca para a construção, apareceu água do solo. Essa fonte passou a ser denominada a Fonte de Nossa Senhora, construída na área onde hoje fica a Escola Monsenhor Gentil.

A inauguração da Igreja de Nossa Senhora do Rosário aconteceu em 1978 com a chegada do órgão e a colocação do altar, embora a mesma já estivesse sendo usada antes para celebrações.

A igreja foi uma das edificações tombadas pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) em 1998, assim como o Mercado Municipal, o Hotel Royal, a Casa Comércio e o Hotel Comércio que fazem parte do conjunto urbano-arquitetônico da Praça da Inconfidência.

*Com informações do blog petropolisnoseculoxx.zip.net, do professor Oazinguito Ferreira; da Diocese de Petrópolis; do site Mapa de Cultura; do artigo “Quando éramos reis”, da revista Superinteressante; e do Inepac.

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