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Boca no Trombone!

Painel da Djanira continua à espera de restauração no Centro de Cultura

O processo licitatório para o prosseguimento do projeto de restauração do Painel da Djanira ainda não tem data para acontecer. Segundo a Secretaria de Educação, o andamento ainda depende do retorno de ofícios encaminhados ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).

O requerimento de informação foi enviado pelo vereador professor Leandro Azevedo em 10 de setembro para a prefeitura, retornando na tarde da última sexta-feira (11) ao gabinete do parlamentar. “Tínhamos solicitado cópias do projeto de restauração do painel, assim como do processo de licitação, que havia sido anunciado em maio. Mais de quatro meses depois, o painel continuava intocado em uma das salas do Centro de Cultura”, destaca.

Segundo o vereador, a preocupação é com a possível deterioração da obra, cujo valor é incalculável. “Estive lá há alguns meses. Vi que está em uma área ampla e protegido, mas uma obra como aquelas não pode continuar no chão”, disse Leandro. A disponibilidade orçamentária e dotação da licitação também foi questionada pelo parlamentar, por meio do requerimento.

Em nota, a Prefeitura disse que a disponibilidade orçamentária “será ofertada mediante a licitação de adequação orçamentária a ser feita pela Secretaria de Educação”. Os ofícios enviados pela Prefeitura tanto para o Iphan quanto para o Ibram, por exemplo, se referem a um pedido de auxilio para a “indicação do tipo de julgamento de licitação que deverá ser adotado no procedimento, ou seja, se de menor preço ou de técnica e preço”.

O mural, com mais de 12 metros de comprimento e três de altura, ficou por 64 anos no auditório do Liceu Municipal Cordolino Ambrósio, no Centro, mas devido a décadas de falta de manutenção e cuidado, teve que ser retirado para que a restauração fosse realizada. A transferência para o novo endereço aconteceu em outubro de 2017.

A restauração do painel é fruto de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Ministério Público Federal (MPF) e a Prefeitura, assinado em 2010. No entanto, a primeira parte do trabalho só começou em 2016, quando o município concluiu o faceamento da obra. O custo desta etapa foi de R$ 30 mil. Para esta segunda parte, a prefeitura não divulgou o valor total do que será investido, mas garantiu que a verba já está disponibilizada.

O painel de Djanira é de valor incalculável e retrata a diversidade de cenas e paisagens brasileiras. Ele foi feito pela artista especialmente para Petrópolis. Djanira é natural de Avaré, cidade do interior de São Paulo, e morreu no Rio de Janeiro, aos 64 anos. Grande parte da sua obra faz parte do acervo do Museu Nacional de Belas Artes, na capital do Estado.

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