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Saúde

UPA Vermelha dá início ao atendimento de pacientes com Covid-19 nesta segunda-feira

A partir desta segunda (1º), a UPA de Cascatinha dá início ao atendimento específico de pacientes infectados pela Covid-19. Apenas o setor de odontologia, por ser em uma área isolada, permanecerá atendendo. A UPA Vermelha conta com 25 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e vai auxiliar a cidade em relação aos leitos de retaguarda. Dos 25 leitos, 16 já estão em funcionamento nesta segunda e os outros nove ficarão prontos ao longo da semana.

Distribuídos em dois plantões, a UPA terá quatro médicos, um médico chefe de plantão, quatro enfermeiros, um coordenador de enfermagem, dois fisioterapeutas intensivistas, dois técnicos de laboratório, dois técnicos de raio-X, um médico pediatra e um técnico em hemodiálise. Além disso, pacientes internados na UPA Vermelha vão contar com o trabalho de uma nutricionista na construção de uma planilha alimentar individual, fisioterapeutas intensivistas capacitados na operação dos ventiladores mecânicos e um médico pediatra.

Segundo a coordenadora médica da UPA, a médica Jéssica Villar, a unidade é a única do país a contar com o serviço de hemodiálise voltado aos pacientes da Covid-19. “Saímos na frente neste tipo de tratamento e somos plenamente capazes de fazer a diferença em todos os casos. Grande parte dos pacientes desenvolve problemas renais devido à infecção pelo novo Coronavírus e, diante disso, têm urgência e necessitam de intervenção imediata. Não teremos mais que transferir os doentes a outras unidades de saúde para a realização deste procedimento. Somos, hoje, a única UPA no Brasil a tratar pacientes de COVID-19 com indicação para hemodiálise”, afirmou a médica. Uma UTI Móvel também vai permanecer no local para casos de necessidade de remoção de pacientes.

Também foi aberto um acesso exclusivo e independente para os mais de 35 funcionários que atuarão diariamente na UPA Vermelha. Com isso, os funcionários só vão entrar na área onde os pacientes ficarão quando estiverem totalmente equipados, mais uma medida de segurança adotada para evitar o risco de contaminação pelo novo coronavírus. “Qualquer funcionário que atue na UPA Vermelha vai entrar por uma entrada lateral que dá acesso a vestiários, refeitório, banheiro, local de repouso, ala administrativa. Para ele acessar os leitos, terá que colocar todo equipamento de proteção individual, passar uma porta, percorrer um corredor e passar por uma segunda porta. E para sair da área onde vão ficar os leitos, é o mesmo procedimento cuidadoso”, aponta Caldeira.

Outro ponto importante diz respeito ao setor de odontologia da unidade. Os atendimentos no local não vão sofrer alterações. “O remanejamento de material seria praticamente impossível devido ao porte dos equipamentos. De qualquer forma, o setor fica num ponto bem afastado e isolado de onde serão as UTIs, garantindo a segurança nos atendimentos e deixando totalmente descartados os riscos de contaminação”, finalizou Caldeira.

A partir desta segunda, o petropolitano que precisar de atendimento para outras enfermidades deve recorrer as UPAs do Centro e de Itaipava, o Hospital Alcides Carneiro e o Pronto Socorro do Alto da Serra. Segundo o diretor geral das UPAs, a UPA de Cascatinha foi escolhida de maneira estratégica.

“A unidade se encontra exatamente no meio do sistema de saúde do município, entre a UPA Centro, UPA Itaipava e o Hospital Alcides Carneiro. Acredito que nossos novos leitos de UTI serão extremamente importantes para dar a segurança necessária à população. A unidade vai contar ainda com unidades móveis para transferências em caso de necessidade”, explicou o diretor geral das Unidades de Pronto Atendimento de Petrópolis, José Vitor Caldeira.

Fabíola Heck lembrou que desde a última quarta-feira (27), todos os pacientes que derem entrada nos pontos de apoio – Centro e Itaipava – com quadro clínico de Covid-19 acenado pelas equipes médicas, farão testagem rápida no próprio local. A ampliação vai permitir um melhor acompanhamento dos casos de Covid-19 na cidade.

“Lembro, novamente, que, além dos sintomas clássicos da enfermidade, só serão testados pacientes cujos sintomas tenham se iniciado há, pelo menos, sete dias. Essa determinação não é nossa, mas sim do próprio fabricante dos kits. Esperamos que todos compreendam isso e que, desta forma, consigamos ter uma noção mais abrangente da situação”, disse a secretária.


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*Matéria atualizada às 17h
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