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Educação

Força tarefa envolvendo o LNCC e outras instituições realiza maior estudo de vigilância genômica da Covid-19

O artigo “Evolution and epidemic spread of SARS-CoV-2 in Brazil” foi publicado na revista Science, uma das revistas acadêmicas mais prestigiadas do mundo, com amostras colhidas de pacientes positivos para SARS-CoV-2 entre os meses de março e abril, em 85 municípios brasileiros de 21 estados brasileiros. Trata-se do maior estudo de vigilância genômica da Covid-19 na América Latina. Nesse estudo, uma força tarefa envolvendo pesquisadores de 15 instituições brasileiras em conjunto com instituições britânicas realizaram o sequenciamento de 427 genomas do novo coronavírus SARS-CoV-2 de 21 estados brasileiros. Os pesquisadores combinaram dados genômicos de SARS-CoV-2, com dados epidemiológicos e de mobilidade humana para investigar a transmissão da Covid-19 em diferentes escalas e o impacto das medidas de intervenção não farmacêuticas (INFs) no controle da epidemia no país.

Os resultados demonstram que as INFs, como fechamento das escolas e comércio no final de março, embora insuficientes, ajudaram a reduzir a taxa de transmissão do vírus, que foi estimada no início do período em superior a 3 para valores entre 1 e 1,6, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro.

As amostras do estado do Rio de Janeiro vieram na sua maioria do Laboratório de Virologia Molecular, coordenado pelo Dr. Amilcar Tanuri, e foram sequenciadas e processadas no Laboratório de Bioinformática do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC/MCTI), coordenado por Ana Tereza Vasconcelos.

Os pesquisadores conseguiram detectar mais de 100 introduções distintas de Covid-19 no país originárias principalmente da Europa. A maior parte dessas introduções foi identificada nas capitais com maior incidência de voos internacionais como São Paulo, Minas Gerais, Ceará e Rio de Janeiro. Apenas uma pequena parcela dessas introduções resultou nas linhagens que se dispersaram por transmissão comunitária no país. O estudo inferiu que 76% dos vírus detectados até o final de abril se agrupam em três grandes grupos (também designados por “”clados” – que são grupos de espécies com um ancestral comum exclusivo) que foram introduzidos entre o final de fevereiro e o início de março e se espalharam rapidamente pelo país antes que as medidas de controle de mobilidade fossem iniciadas.

O trabalho se iniciou com uma atividade do Centro de Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE) entre pesquisadores brasileiros e instituições britânicas como a University of Oxford que se estendeu a diversos outros pesquisadores de Universidades e Institutos Brasileiros (USP, LNCC, UFMG, UFRJ, IPEA, UNICAMP, FGV, UFU, UFRR, FAMERP), aumentando a abrangência nacional do estudo.

A pesquisa foi desenvolvida com o apoio da FAPERJ, FAPESP, MRC, Wellcome Trust, MCTI, FINEP, CAPES, CNPq e FAPEMIG.

*Com informações do LNCC e Agência Brasil

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