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Saúde

Dia Nacional de Combate ao Fumo é celebrado neste sábado

O Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado em 29 de agosto, tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. Criado em 1986 pela Lei Federal 7.488, a data inaugura a normatização voltada para o controle do tabagismo como problema de saúde coletiva.

Em 2020, a data continua a trabalhar o tema “Tabagismo e coronavírus (Covid-19)”. Isso porque o tabagismo — também considerado uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) — tem papel de destaque no agravamento da pandemia de Covid-19, já que é fator de risco para transmissão do vírus e para o desenvolvimento de formas mais graves de Covid-19. A campanha também aborda a importância do não fumar e de adotar comportamentos saudáveis no momento que houver retorno gradual a atividades cotidianas.

Fumantes parecem ser mais vulneráveis à infecção pelo novo coronavírus, pois o ato de fumar proporciona constante contato dos dedos (e possivelmente de cigarros contaminados) com os lábios, aumentando a possibilidade da transmissão do vírus para a boca. O uso de produtos que envolvem compartilhamento de bocais para inalar a fumaça — como narguilé (cachimbo d’água) e dispositivos eletrônicos para fumar (cigarros eletrônicos e cigarros de tabaco aquecido) — também pode facilitar a transmissão do novo coronavírus entre seus usuários e para a comunidade.

Além disso, o tabaco causa diferentes tipos de inflamação e prejudica os mecanismos de defesa do organismo. Por esses motivos, os fumantes têm maior risco de infecções por vírus, bactérias e fungos. Os fumantes são acometidos com maior frequência de infecções como sinusites, traqueobronquites, pneumonias e tuberculose. Por isso, é possível dizer que o tabagismo é fator de risco para a Covid-19 e que é um agravante da doença: devido a um possível comprometimento da capacidade pulmonar, o fumante possui mais chances de desenvolver sintomas graves da doença.

Embora ainda não se tenha dados conclusivos sobre os atendimentos no período da pandemia, a Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) indica que, ao menos, 43 municípios fluminenses estão se estruturando para novas modalidades de atendimento, com 18 deles informando já atenderam a população por meio de teleconsultas. As experiências coletadas até o momento dão um ânimo especial aos profissionais do programa. Com indícios de uma alta na procura pelo programa durante a quarentena, muitos pacientes iniciaram o tratamento ou conseguiram, enfim, parar de fumar em meio a pandemia.

Porém, parar de fumar não foi o único desafio a superar nesse período. Evitar uma recaída também era muito importante para quem deixou o cigarro recentemente. A vendedora aposentada de São Gonçalo, Edgna Guilles, que fumou por mais de 40 anos e parou de fumar há 11 meses, conta as estratégias para manter a decisão ao longo desse período de quarentena. “No começo da pandemia, eu já tinha uns cinco meses que tinha parado de fumar. E sempre botava em primeiro lugar que o cigarro não fazia mais parte da minha vida e que ele só me fazia um grande mal, como causa em qualquer pessoa. Foi um passo de cada vez,mas consegui superar porque eu bebia muita água e chupava laranja, entre outras coisas.”


Mais em: Médica ressalta a importância de alguns hábitos para quem quer parar de fumar


O caso acima é apenas um exemplo em meio a milhares de pacientes atendidos em todo o estado pelo Programa de Controle do Tabagismo, por meio de 432 unidades de saúde em 79 municípios do Rio de Janeiro. O coordenador do programa na SES-RJ, Samir Sleiman destaca os bons resultados que vêm sendo alcançados: “No ano de 2019, tivemos 21.628 pessoas frequentando os grupos de apoio, das quais 11.906 completaram a primeira fase do tratamento e se encontram abstinentes, ou seja, sem fumar. Isso gera uma taxa de abstinência de 56%, o que é um excelente indicador”.

Sobre o uso das novas tecnologias no controle do tabagismo durante a pandemia, Samir ainda complementa: “Os aplicativos de mensagens atualmente são ferramentas amigáveis ao usuário e utilizadas por grande parte da população, sendo possível fazer chamadas de vídeo, o que possibilita um maior acolhimento, empatia e vínculo positivo entre o profissional e o paciente, além de permitir o compartilhamento de materiais do programa”.

O programa envolve o acompanhamento com uma abordagem cognitivo comportamental, com o apoio do profissional de saúde capacitado a ajudar o tabagista a reformular suas crenças, comportamentos e emoções ligadas ao cigarro, associado ao tratamento medicamentoso, sempre que necessário. Todo o processo é desenvolvido por equipes multidisciplinares de enfermeiros, psicólogos, médicos, entre outros profissionais de saúde.

Em Petrópolis, o Programa Municipal de Antitabagismo conta com reuniões de apoio, medicamentos e orientações totalmente gratuitas à população.

Os atendimentos à população em geral ocorrem:

  1. Centro de Saúde Coletiva Professor Manoel José Ferreira

Rua Santos Dumont nº 100, Centro – 22373616

  1. Centro de Saúde Jorge Ferreira Machado (Itamarati)

Rua Bernardo Proença nº 32 – Itamarati – 2243-0845

  1. UBS Dr. Latuf Gibrail (Retiro)

Av Barão do Rio Branco, (Próximo ao sacolão) Retiro – 2237-8614

Já os postos da Estratégia da Saúde da Família também fazem atendimento para a população dos seguintes locais: Alto da Serra; Bairro Castrioto; Carangola; Castelo São Manoel; Vila Felipe; São João Batista; Vale do Carangola; Vila Felipe; Vale das Videiras; Machado Fagundes; Estrada da Saudade; Fazenda Inglesa; Lajinha; Águas Lindas; Pedras Brancas; Santíssima Trindade; 24 de Maio; Caxambu; Comunidade 1º de Maio; Bonfim; Jardim Salvador; Thouzet; Vila Saúde; Boa Esperança; Bataillard.

*Com informações do Inca

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