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Turismo

[Turismo] Você conhece o Orquidário Binot?

Dentre as muitas atrações que Petrópolis oferece não só no Centro Histórico como também nos bairros, uma boa opção para quem ama botânica é o Orquidário Binot. Além de conferir, o público também poder comprar belíssimas orquídeas. A visitação é gratuita.

De acordo com o engenheiro agrônomo Maurício Ferreira Verboonen, a história começa quando o paisagista Jean Baptiste Binot decide abandonar a Europa e escolhe o Rio de Janeiro. Em 1845, estabeleceu-se em Petrópolis como jardineiro-horticultor, vendendo plantas e árvores frutíferas.

Em 1854, foi encarregado por Dom Pedro II de projetar e executar os jardins do palácio imperial de verão (hoje Museu imperial). Como recompensa pelo trabalho executado, o imperador lhe deu terras no Retiro para cultivar. Seu filho, Pedro Maria Binot, estudou horticultura na Bélgica e depois de formado, retornou ao Brasil e pôs-se a coletar orquídeas e plantas tropicais destinadas à exportação.

Em 1870, partiu com seu primeiro lote de plantas para a Bélgica e assim foi fundado o Etablissement P. M. Binot. Casou-se com uma prima viúva que já tinha um filho chamado Georges J. A. Verboonen.

No fim de sua vida, iniciou a construção das primeiras estufas e foi o responsável pela introdução de espécies sul-americanas de Cattleya, como a trianae, percivaliana e mossiae no Brasil. Ele morreu em 1911.

Georges J. A. Verboonen foi estagiar na Europa e com o falecimento de Pedro Maria Binot, voltou ao Brasil e tomou a direção do orquidário. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, as exportações foram suspensas e o Etablissement P. M. Binot sofreu uma radical transformação, passando a ter como principal objetivo o fornecimento de flores para venda às lojas do Rio de Janeiro.

Foto: Arquivo AeP

Pouco antes da Segunda Guerra Mundial foram importados os primeiros híbridos modernos que encantavam a todos nas primeiras exposições realizadas em São Paulo. Em 1945, o nome foi mudado para Orquidário Binot Ltda e se dedicou ainda mais à produção de flores para atender uma demanda crescente do comércio especializado.

Na década de 1940, seu filho Jorge Verboonen foi aprendendo todos os segredos do cultivo. Com seu falecimento, a direção do orquidário foi entregue a ele, que iniciou um programa de ampliação das instalações já existentes e o cultivo de uma nova série de híbridos.

De 1960 até 1994, o orquidário voltou a exportar orquídeas para a Europa, mas quando as exportações foram suspensas, o Orquidário Binot se tornou referência tanto nacional como internacional. Seu filho Maurício Ferreira Verboonen, engenheiro agrônomo integrado ao orquidário desde 1979, deu um novo impulsou às atividades.As instalações foram remodeladas e foram adotados novos conceitos de irrigação e pesquisa para adoção de novas opções de substrato.

O Orquidário Binot fica na Rua Fernandes Vieira, 390 – Retiro. A entrada é gratuita.

Mais informações pela número: (24) 2248-5665.

Foto: Arquivo AeP

Um Comentário

  1. É um lugar lindo de se visitar! Infelizmente pouco divulgado, não só pela prefeitura como tbm pela Turispetro

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