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Saúde

[Esclarecendo dúvidas] Que máscara usar?

Todo mundo já está cansado de saber que uma das principais medidas de proteção contra a Covid-19 é o uso de máscaras. Porém, com o surgimento de novas variantes do vírus, infelizmente ainda mais contagiosas, surge também o questionamento sobre quais máscaras devemos usar para aumentar a nossa proteção.

Conforme já foi amplamente divulgado pelos principais órgãos de saúde, “o SARS-CoV-2 pode se espalhar por meio do contato direto, indireto (através de superfícies ou objetos contaminados) ou próximo (na faixa de um metro) com pessoas infectadas através de secreções como saliva e secreções respiratórias ou de suas gotículas respiratórias, que são expelidas quando uma pessoa tosse, espirra, fala ou canta. As pessoas que estão em contato próximo (a menos de 1 metro) com uma pessoa infectada podem pegar a Covid-19 quando essas gotículas infecciosas entrarem na sua boca, nariz ou olhos”, explica a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

Logo, a máscara deve filtrar micro-organismos e reter as gotículas e aerossóis, que são meios de transmissão da doença. Algumas destas partículas podem ficar suspensas no ar por horas em lugares fechados e sem ventilação. De acordo com informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), “as gotículas têm tamanho maior que 5 µm (micrômetros). Cada micrômetro equivale à milionésima parte do metro. Elas podem atingir a via respiratória alta, ou seja, a mucosa das fossas nasais e a mucosa da cavidade bucal. Nos aerossóis, as partículas são menores e permanecem suspensas no ar por longos períodos. Quando inaladas, podem penetrar mais profundamente no trato respiratório.”

As máscaras que oferecem maior proteção são as do tipo N95/PFF2, porque embora tanto a máscara cirúrgica quanto o respirador (conhecido pela sigla PFF, de Peça Semifacial Filtrante) contenham um elemento filtrante, a máscara cirúrgica não protege adequadamente de microrganismos transmitidos por aerossóis porque não mantém uma vedação adequada.

Para que todos tenham acesso a essas máscaras surgiu o projeto PFF para Todos, que indica lojas onde elas podem ser encontradas, em diferentes estados. O site também traz várias informações e esclarece dúvidas sobre as mesmas.

As máscaras PFF2 são descartáveis, pois não podem ser lavadas nem higienizadas com álcool porque isso danificada o filtro, mas elas podem ser reutilizadas desde que sejam deixadas para “tomar ar” entre três e sete dias num lugar arejado e longe do sol. Em contato direto com pessoas infectadas, elas devem ser descartadas. Porém, para uso diário, elas podem ser usadas mais de uma vez enquanto estiverem íntegras e com boa vedação no rosto. Se estiverem sujas, úmidas, furadas ou com elástico frouxo, descarte-as.

No site da Anvisa você pode conferir a lista das marcas de máscaras PFF2 fiscalizadas pela agência.

De acordo com a médica infectologista Abdel Rahman, do Hospital Abert Sabin, em entrevista à revista GQ, “não importa o tipo de máscara se ela for usada de maneira inadequada. Ela precisa ser usada cobrindo o nariz e boca, do contrário, não tem eficácia. Ela não pode estar molhada. A respiração, por mais de 2 horas, transpira e molha, diminuindo a filtragem e efetividade dela. Todas as máscaras, com exceção da PFF2/N95, devem ser trocadas a cada 2 horas”.

A médica ainda acrescenta que “elas [as máscaras PFF2] filtram acima de 95%. A proteção é melhor, protege contra aerossóis, partículas menores que ficam suspensas no ar quando espirramos, além das gotículas. Oferece proteção melhor contra variantes por conta disso”.

No canal “Olá, ciência!”, o biomédico Lucas Zanandrez esclarece as principais dúvidas em relação aos tipos de máscara e qual é a mais indicada para este período. No site do Drauzio Varella também há uma matéria apontando as vantagens e desvantagens de cada tipo de máscara, que você pode conferir neste link.

Fontes: Anvisa, PFF para todos, OPAS, site do Dráuzio Varella, revista GQ

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