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Cidade

Ministério da Infraestrutura anuncia suspensão das ordens de demolição de casas na BR-040

Nesta semana, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, anunciou a suspensão das ordens de demolição de casas às margens da estrada durante reunião com o prefeito interino Hingo Hammes, em Brasília. Os processos judiciais que determinam as demolições correm há anos na justiça, gerando apreensão às famílias – muitas já moravam na região antes mesmo da concessão da estrada à Concessionária Rio-Juiz de Fora. Segundo o ministro, as ordens de demolição serão suspensas até a nova concessão da rodovia, quando um novo estudo sobre a redução da faixa de domínio deverá ser realizado. Durante a reunião, o ministro garantiu que, mesmo depois, somente serão demolidas as construções avaliadas como “inevitáveis”, ainda assim com a garantia de novo teto para os moradores.

Durante a reunião, que contou com a participação dos deputados federais Vinícius Farah e Luizinho; da coordenadora de Articulação Institucional, Fernanda Ferreira; do coordenador de Planejamento e Gestão Estratégica da Prefeitura de Petrópolis, Dalmir Caetano; do vereador Maurinho Branco e da coordenadora do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), Carla Carvalho, que emocionou os presentes ao falar das incertezas de quem vive com o risco de ter a casa demolida.

“Em uma reunião com várias autoridades, o prefeito nos deu a chance de falar e isso fez muita diferença. Ao nos ouvir, o ministro respondeu imediatamente. Determinou que suspendam tudo e garantiu que ninguém vai ficar sem casa. Ordenou que façam tudo o que for necessário. Garantiu, ainda, que, se alguém tiver que sair, será para outra casa”, lembrou.

O prefeito Hingo Hammes citou a importância deste passo junto ao Ministério de Infraestrutura. “São famílias que, há anos, dormem e acordam com o medo de terem a casa demolida. Elas podiam perder tudo o que construíram durante toda a vida. Muitas das histórias começaram antes mesmo da concessão da estrada. Vínhamos atuando juntamente com o CDDH na orientação das famílias e mantendo contato com o governo federal, na tentativa de sensibilizá-los em relação à realidade de quem vive ali. Nós, que já conhecíamos bem todo este histórico, conseguimos, agora, mostrar isso também ao ministro. Ele se emocionou e se sensibilizou, assim como nós, ao ouvir sobre o drama dos que vivem ali e se comprometeu a suspender as demolições. Tenho certeza de que todos os que participaram desta luta, ao longo de tantos anos, nunca esquecerão deste momento”, afirmou.

Dentre os processos judiciais, 53 já estavam com ordem de demolição para serem cumpridos a qualquer momento. “Nunca, com toda a nossa luta, as famílias tinham recebido oferta semelhante. Não havia mais alternativa jurídica. Esta decisão do ministro representa esperança para as famílias, para que permaneçam onde estão. Neste momento, em meio à pandemia e com o fim da concessão da atual concessionária, o ministro foi sensível e assumiu um compromisso bastante claro”, comemorou a coordenadora do CDDH.

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