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Saúde

Secretaria de Saúde esclarece que Petrópolis não aplicou vacinas fora da validade; entenda o ocorrido

Em matéria publicada na Folha de São Paulo nesta sexta-feira (2), dados oficiais do Ministério da Saúde apontam que 26 mil doses vencidas da vacina AstraZeneca foram aplicadas em 1.532 municípios brasileiros. Ainda de acordo com a matéria do jornal, Maringá, no Paraná, foi a cidade que mais aplicou doses vencidas, seguida de Belém (PA), São Paulo (SP), Nilópolis (RJ) e Salvador (BA).

De acordo com informações do DataSUS, o número dos lotes e a data de validade são: 4120Z001 (29 de março) 4120Z004 (13 de abril) 4120Z005 (14 de abril) CTMAV501 (30 de abril) CTMAV505 (31 de maio) CTMAV506 (31 de maio) CTMAV520 (31 de maio) e 4120Z025 (4 de junho).

Na matéria da Folha, que pode ser acessada neste link, há uma lista onde é possível pesquisar pela cidade e o estado onde esses lotes foram usados. Ao pesquisar por Petrópolis (RJ), aparece que 21 doses do lote 4120Z005, com validade até 14 de abril, foram aplicadas no município.

Desta forma, a Secretaria Municipal de Saúde vem a público esclarecer que “não há qualquer possibilidade de a vacina ter sido utilizada fora do prazo de validade, uma vez que não havia, em abril, doses restantes deste lote no setor de Epidemiologia. O lote citado – 4120Z005 – faz parte da primeira remessa de vacinas recebidas pelo município, em janeiro, com validade até 14 de abril. Cabe esclarecer que o Departamento de Vigilância em Saúde revisa diariamente o armazenamento das vacinas, com organização que leva em conta a data de validade. A Secretaria já fez o levantamento junto ao Ministério da Saúde em relação a este lote, filtrando as informações após o dia 14/4 e verificou que pode ter havido erro de digitação dos dados no sistema do Ministério da Saúde ou falha na migração de dados entre os sistemas de saúde.”

A Fiocruz, por sua vez, emitiu nota dizendo que os referidos lotes não foram produzidos pela instituição. “Parte dos lotes (com numeração inicial 4120Z) é referente aos quantitativos importados prontos do Instituto Serum, da Índia, chamada de Covishield, e entregues pela Fiocruz ao Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde em janeiro e fevereiro deste ano. Os demais lotes apontados foram fornecidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS). Todas as doses das vacinas importadas da Índia (Covishield) foram entregues pela Fiocruz em janeiro e fevereiro dentro do prazo de validade e em concordância com o MS, de modo a viabilizar a antecipação da implementação do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, diante da situação de pandemia. A Fiocruz está apoiando o PNI na busca de informações junto ao fabricante, na Índia, para subsidiar as orientações a serem dadas pelo Programa àqueles que tiverem tomado a vacina vencida.”

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio de Janeiro informou que “todos os lotes da vacina Oxford/Astrazeneca enviados aos 92 municípios do estado estavam dentro do prazo de validade. Dos lotes mencionados na reportagem da Folha de SP, o estado do Rio de Janeiro recebeu apenas dois. O lote 41202Z005, com validade para 14.04.21, foi recebido pelo estado do Rio de Janeiro no dia 23.01.21 e distribuído aos municípios nos dias 23.01, 01.02, 02.02 e 24.02.21. Já o lote CTMAV506, com validade para 31.05.21, foi recebido pelo Estado em 26.03.21 e distribuído aos municípios no mesmo dia.

“Os imunizantes contra Covid-19 são adquiridos e enviados pelo Ministério da Saúde aos estados. A SES é responsável pela distribuição das doses do imunizante aos 92 municípios do estado, assim como orientar as secretarias municipais de Saúde. Desta forma, a Secretaria montou uma operação logística, desde o início da disponibilização dos imunizantes pelo MS, permitindo que as vacinas sejam disponibilizadas no menor prazo possível aos municípios por meio de helicópteros e comboios terrestres, escoltados pela Polícia Militar.

“Assim que as doses chegam à Coordenação Geral de Armazenagem (CGA) da SES, uma equipe de mais de 30 pessoas inicia o trabalho de separação, checagem de temperatura e documentação. Os imunizantes têm as validades e os lotes checados e cadastrados no sistema, assim como uma série de outros parâmetros exigidos por normas jurídicas relacionadas ao setor farmacêutico.

“A Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (SVAPS) reforça que não houve distribuição aos municípios de doses de Oxford/Astrazeneca vencidas. A SVAPS está apurando junto às secretarias municipais de Saúde se houve algum erro de registro das doses no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI)”, encerra a nota da Secretaria Estadual de Saúde.

Segundo Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), quando a vacina é aplicada fora do prazo de validade, é considerado um erro programático e a dose deve ser repetida. “Não é esperado nenhum outro tipo de reação além das relatadas para os tipos específicos de vacina. A dica é ficar de olho na validade, não só para os imunizantes, mas com qualquer outro produto consumido, como alimentos e remédios”, explica o especialista em matéria para o site UOL.

A matéria da Folha explica que “o lote pode ser conferido na carteira individual de vacinação. Quem tiver recebido uma dose de um desses oito lotes de AstraZeneca após a data de validade deve procurar uma unidade de saúde para orientações e acompanhamento”.

*Com informação da Folha de São Paulo e UOL

Matéria atualizada às 18h38

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