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Saúde

Município reestrutura rede de Saúde e abre leitos para internação de pacientes não Covid

Com a redução na demanda por internações de pacientes com Covid-19, que vem sendo registrada desde o início do mês de junho, a Secretaria de Saúde está trabalhando na reestruturação do sistema, aproveitando vagas ociosas antes destinadas a pacientes infectados pelo novo coronavírus para ampliar o número de leitos clínicos e de UTI para a internação de pacientes com doenças não relacionadas à Covid-19. A medida, adotada inicialmente no Hospital Alcides Carneiro e no Hospital Clínico de Corrêas, agora está sendo implementada também no Hospital Municipal Nelson de Sá Earp, onde 34 leitos antes destinados a pacientes com Covid-19 agora, após desinfecção, atendem pessoas com outras doenças.

A reversão de leitos foi possível com a queda sustentada na demanda por internação de pacientes com Covid-19 nos últimos 45 dias. “Estamos acompanhando os dados e observamos queda significativa na demanda por leitos Covid-19. Por outro lado, tivemos aumento na demanda por leitos não Covid. Mantivemos o monitoramento e agora, com responsabilidade e planejamento, estamos fazendo a reversão. Iniciamos o trabalho e, com cuidado, organizamos a mudança, garantindo o isolamento das áreas que permanecerão com os pacientes infectados pelo coronavírus”, explica o secretário de Saúde Aloisio Barbosa da Silva Filho, lembrando que a Secretaria faz o monitoramento constante das internações em leitos Covid e não Covid.

Os números:

O percentual de internações em leitos de UTI Covid, que em 30 de março chegou a 99,7% na rede pública, desde 7 de junho se mantém abaixo de 50%, estando na quinta-feira em 44,32%. A redução na demanda também é observada em leitos clínicos, cuja taxa de ocupação chegou a 93% em 1º de abril e, na última quinta-feira (15), estava em 25,37%.

“A rede de Saúde viveu um período de estresse em março e abril deste ano, com um pico de casos de Covid-19. A cidade chegou a registrar 374 pacientes internados no início de abril – considerando leitos públicos e privados. Com planejamento, conseguimos ampliar a oferta de leitos Covid para pacientes do sistema público no município e atender a demanda”, explica o secretário Aloisio Barbosa.

“Assim a rede conseguiu absorver toda demanda, evitando que os petropolitanos precisassem ser transferidos para outros municípios. Com a queda verificada nos últimos 45 dias, parte destes leitos começaram a ficar ociosos. A reversão permitiu que estes leitos fossem liberados para atender pacientes que precisam de internação, por conta de outras doenças”, completa.

Com a queda na demanda de pacientes com Covid, no Hospital Nelson de Sá Earp, 34 leitos estão sendo revertidos para atender pacientes com doenças não relacionadas a Covid-19 – toda área do segundo andar do hospital. São 24 leitos clínicos e 10 leitos de UTI disponibilizados para pacientes com doenças não relacionadas à Covid-19.

“Temos observado nos últimos 45 dias uma diminuição brusca dos casos moderados graves no HMNSE, o que nos permitiu liberar todo o segundo andar do hospital e fazer esta reversão de leitos”, explica o infectologista e diretor médico do HMNSE, Marco Liserre, que avalia que a redução na demanda de pacientes com quadro grave da doença já é um reflexo da vacinação dos petropolitanos.

“Desde o início da pandemia nós, especialistas em doenças infecciosas, temos falado que a única forma plausível de controle da pandemia é com a vacinação. Estamos à frente de muitas outras cidades do interior. Temos mais de 50% da população que já recebeu a primeira dose. Espera-se que até o fim de agosto toda população acima de 18 anos já esteja sendo vacinada com a primeira dose e uma boa parte da população também tenha recebido a segunda dose. Isso permitirá um controle da pandemia, com redução maior nos casos graves e nas internações”, avalia.

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